A nova ZER prevê que o trânsito automóvel na Baixa/Chiado passe a ser exclusivo para residentes, portadores de dístico e veículos autorizados, entre as 6h30 e as 0h00, a partir do verão.
Quase 60% dos visitantes da Baixa-Chiado e Príncipe Real utilizam o transporte público para se deslocar e apenas 17% escolhem o carro, enquanto 11% preferem ir a pé, segundo um inquérito realizado pela Câmara de Lisboa.
Os dados do inquérito, realizado em dezembro, estão no relatório técnico da Zona de Emissões Reduzidas Avenida-Baixa-Chiado (ZER ABC), disponível no 'site' www.zer.lisboa.pt, e indicam que, entre os residentes na zona, "o modo a pé é o mais utilizado".
A nova ZER, apresentada na semana passada pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS), prevê que o trânsito automóvel na Baixa/Chiado passe a ser exclusivo para residentes, portadores de dístico e veículos autorizados, entre as 06:30 e as 00:00, a partir do verão.
O projeto prevê também a proibição da circulação automóvel na faixa central da Avenida da Liberdade entre os Restauradores e a Rua das Pretas e a reposição do modelo original de circulação ascendente/descendente nas laterais da avenida.
Ainda entre os visitantes, dos 57,6% que utilizaram os transportes públicos, mais de 28% preferiu o Metro.
Entre os visitantes que optaram pelo carro, "pouco mais de metade (55%), estacionou num parque, 32,6% na rua numa zona com parquímetros e 10% numa zona sem parquímetros".
Os parques do Chiado, Restauradores e Camões foram os locais escolhidos por quase 30% dos automobilistas para estacionar os carros.
À pergunta "se não lhe fosse possível deslocar-se até à Baixa-Chiado ou Príncipe Real de carro, que modo utilizaria?", 37% dos inquiridos responderam que escolhiam o Metro, seguido pelo barco, comboio, autocarro e os TVDE (transporte individual e remunerado de passageiros em veículos descaracterizados a partir de plataforma eletrónica).
Quanto aos comerciantes, apenas 11% dos inquiridos disse utilizar o carro para se deslocar, sendo o "uso de transporte público dominante", com destaque para o Metro (37,5%) e o barco, comboio ou autocarro que não é da Carris (36,2%), seguido de autocarro ou elétrico da Carris (21,1%). Cerca de 17% indicou a opção "a pé" como o modo de deslocação.
Dos comerciantes inquiridos que utilizaram o carro, 53% optou por estacionar o carro num parque, enquanto 35,3% estacionou na rua numa zona com parquímetros.
"Embora seja sempre inferior a 30%, o uso de automóvel próprio é maior no Príncipe Real, sendo zero no Chiado, 5,9% na Rua Augusta, 6,3% na Rua do Ouro e 10,5% na Rua da Prata", lê-se ainda no relatório.
Caso não usassem o carro, 76,5% dos comerciantes escolheriam o metro, enquanto 29,4% optariam pelo autocarro ou elétrico da Carris.
"Ou seja, todos os inquiridos apresentaram uma alternativa de transporte", é referido no relatório.
No documento, a zona da Baixa de Lisboa é apontada como a "mais bem servida de transportes públicos", com mais de 80% da população da cidade a dispor de uma ligação direta da Carris ou do Metro.
"Metade da população da Área Metropolitana de Lisboa encontra-se a 20 minutos a pé das estações de ferrovia pesada, ligeira e fluvial (cerca de 1,4milhões de residentes)", é ainda acrescentado
A Baixa, é indicado, é servida por mais de 670 ligações diárias de Metropolitano (linha verde e a azul, estações Terreiro do Paço, Baixa-Chiado, Restauradores, Martim Moniz, Rossio e Cais do Sodré), mais de 450 ligações em comboio a partir das estações de Cais do Sodré e Rossio e mais de 400 ligações fluviais.
Há ainda diversas carreiras da Carris que ligam a zona a toda a cidade", sendo possível através desta rede aceder "às 24 freguesias de Lisboa e ainda aos concelhos limítrofes de Oeiras, Amadora, Odivelas e Loures".
No total, a zona é atualmente servida por mais de um milhão de lugares/dia em transporte público, com destaque para a oferta de autocarro, com 3.663 circulações por dia, prevendo-se o reforço da oferta rodoviária a curto prazo e metropolitana e fluvial a médio prazo. Nos períodos de ponta, a cada 10 segundos há uma nova circulação de transporte público", lê-se no relatório.
Maioria dos visitantes vão à Baixa de Lisboa em transportes públicos
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Num mundo incerto e em permanente mudança, onde a globalização e a tecnologia redefinem o modo de conceber e fazer justiça, as associações e sindicatos de magistrados são mais do que estruturas representativas. São essenciais à vitalidade da democracia.
Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.