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Maioria dos assassinatos conjugais é premeditada

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 04 de novembro de 2020 às 13:11

Os autores, quase todos homens, matam as vítimas, quase todas mulheres, sobretudo à noite, em casa e com arma branca ou de fogo. Um terço dos assassinos suicidou-se após o crime.

O casal, homem e mulher, ambos brancos e portugueses entre 41 e 60 anos, vive no mesmo lugar com os filhos. Os dois têm emprego, mas as finanças são más ou remediadas. Ele tem tipicamente pouca instrução – o ensino básico – e já mostrou comportamentos de ciúmes, perseguição e controlo. Chegou a fazer ameaças de morte. É provável, mas não seguro, que tenha antecedentes criminais. Ela avança para a separação ou mostra apenas que quer seguir esse caminho. Ele, tendencialmente no primeiro trimestre do ano, planeia o homicídio, que acontece quando ainda estão juntos ou logo no primeiro mês de separação. O assassinato acontece em casa, provavelmente à noite, com uma arma de fogo legalizada ou uma faca, tipicamente de cozinha. Se tiver cometido o crime com arma de fogo, a probabilidade de se suicidar nas horas seguintes é alta.

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