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Líder da Misericórdia e antigo cacique do PSD processado por se apoderar de bens

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 04 de março de 2023 às 10:00

Carlos mal conseguia segurar um copo, mas no dia em que chegou do hospital de Beja ao lar da Santa Casa da Misericórdia de Ourique assinou a doação em vida de todos os seus bens à Misericórdia. PJ fala em “esbulho”, família pede justiça. Provedor, que é ex-autarca e ex-deputado do PSD, nega acusações.

Na madrugada do dia em que Carlos Castro e Nunes teve alta do hospital de Beja, nove dias antes de morrer, o médico de turno anotou que o homem de 74 anos estava “desorientado no tempo/espaço/pessoa”. Eram 5h20 da manhã e a observação não surpreendia. Aquele era o segundo internamento com uma infeção respiratória grave, logo a seguir a outro de 10 dias, e na véspera as medições de oxigénio tinham revelado níveis muitíssimo baixos. O hospital deu ainda assim alta a Carlos, que foi transferido de ambulância, incapaz de se mover e com suporte de oxigénio, para o lar da Santa Casa da Misericórdia de Ourique. Nesse mesmo dia terá assinado três documentos, com letra distorcida, nos quais doou em vida todo o seu património a uma instituição com a qual não tivera relação até aí: a Misericórdia de Ourique.

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