Ex-administrador da farmacêutica Octapharma foi constituído arguido na Operação O -, acusado de crimes de corrupção activa. Esta quinta-feira, foi-lhe decretada a prisão domiciliária
O ex-administrador da farmacêutica Octapharma, Paulo Lalanda e Castro, vai ficar em prisão domiciliária, no âmbito da Operação O -, depois de ter sido constituído arguido por corrupção activa. Segundo o Correio da Manhã, fica ainda inibido de ter qualquer contacto com os outros arguidos do processo.
Paulo Lalanda e Castro chegou a ser detido na Alemanha no âmbito de um mandado de detenção europeu, mas um juiz alemão ordenou a sua libertação por ter considerado injustificado o pedido. O juiz alemão considerou que não se justificava o mandado de detenção europeu (MDE) de Lalanda e Castro, porque este, que é arguido em outros processos em Portugal, "sempre esteve contactável, não sendo preciso a sua detenção para ser ouvido em Lisboa", explicou Ricardo Sá Fernandes.
Lalanda e Castro regressou a Lisboa a 23 de Dezembro, num avião particular, tendo o seu advogado garantido que este estava disponível para depor, sendo posteriormente interrogado pela Polícia Judiciária. "Paulo Lalanda e Castro que ser ouvido no processo da denominada 'Operação O Negativo', tal como por si já diversas vezes requerido, de forma a poder esclarecer cabalmente todas as questões que as autoridades judiciárias portuguesas que querem ver esclarecidas", dizia Sá Fernandes num comunicado.
Lalanda e Castro é arguido nos processos "Operação Marquês" e "Vistos Gold". No inquérito da Operação O -, dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, investigam-se suspeitas de que Lalanda e Castro e Luís Cunha Ribeiro - ex-presidente do INEM -, que estava ligado a procedimentos concursais públicos na área da saúde, terão acordado entre si que este último utilizaria as suas funções e influência para beneficiar indevidamente a Octapharma. Em causa estão factos suscetíveis de se enquadrarem na prática de crimes de corrupção activa e passiva, recebimento indevido de vantagem e branqueamento de capitais.
No âmbito deste processo, foram igualmente constituídos arguidos um representante da Associação Portuguesa de Hemofilia e dois advogados, um deles Farinha Alves. O ex-presidente do INEM Luís Cunha Ribeiro está em prisão preventiva indiciado por corrupção passiva, branqueamento de capitais e recebimento indevido.
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