Candidato presidencial diz que muitos jovens portugueses e lusodescendentes no estrangeiro enfrentam grandes dificuldades em aceder ao ensino da língua portuguesa.
O candidato às eleições presidenciais Jorge Pinto, apoiado pelo Livre, destacou este sábado, durante a sua visita a França, a importância da diáspora portuguesa para fortalecer as relações de Portugal com o mundo e do ensino do português junto das comunidades.
Jorge Pinto defende ensino de português para jovens portugueses no estrangeiroJOSÉ COELHO/LUSA
Em declarações à agência Lusa, o candidato apontou o acesso ao ensino da língua portuguesa como "fundamental para manter a ligação com o país" e considerou que "o Estado português tem a responsabilidade de garantir o acesso ao ensino do português para todos os filhos de emigrantes, independentemente de onde vivam".
Jorge Pinto sublinhou que muitos jovens portugueses e lusodescendentes no estrangeiro enfrentam grandes dificuldades em aceder ao ensino da língua portuguesa, o que pode comprometer a sua identidade e a sua integração em Portugal, caso decidam regressar.
Para o candidato, é "inaceitável" ver que "tantas crianças e jovens portugueses no estrangeiro não tenham acesso ao ensino do português, o que dificulta a sua ligação com Portugal e a sua integração no país".
Considerando o ensino da língua portuguesa uma prioridade, afirmou ser preciso "garantir que os filhos dos emigrantes possam aprender o português, seja nas escolas, seja através de programas de ensino em centros culturais ou associações".
Segundo Pinto, "o acesso à língua não deve ser uma exceção, mas uma realidade para todos".
Jorge Pinto defendeu a criação de um modelo económico que ofereça melhores condições de vida e de trabalho em Portugal, para que os que já foram emigrantes não se sintam obrigados a sair novamente do país.
"[É preciso] criar um ambiente em Portugal que permita aos emigrantes regressar com a certeza de que encontrarão boas condições de vida e trabalho", disse, acrescentando: "ninguém deve sentir-se forçado a emigrar novamente por falta de oportunidades no seu próprio país".
O candidato enfatizou ainda que a diáspora portuguesa deve ser vista como "uma extensão de Portugal", não como uma comunidade distante, mas como uma parte ativa na construção de um futuro mais justo e próspero para o país, porque "Portugal é um país global, e as suas fronteiras não se limitam ao território nacional".
Para Jorge Pinto, é preciso "fortalecer as ligações com as comunidades no estrangeiro e dar-lhes o valor que merecem".
Após a sua visita a França, Jorge Pinto viaja domingo para Bruxelas, na Bélgica.
Segundo estimativas de 2023, existem mais de 1,7 milhões de portugueses e lusodescendentes em França, e cerca de 577 mil pessoas nascidas em Portugal vivem no país. Os eleitores a residir em França representam cerca de 25% dos votantes portugueses no estrangeiro.
As eleições presidenciais estão marcadas para 18 de janeiro de 2026.
Esta é a 12.ª vez (incluindo as duas voltas das eleições de 1986) que os portugueses são chamados, desde 1976, a escolher o Presidente da República em democracia.
Além de Jorge Pinto (Livre), outros candidatos já anunciaram as suas candidaturas, incluindo Henrique Gouveia e Melo, António Filipe (PCP), António José Seguro (PS), André Ventura (Chega), Catarina Martins (BE), João Cotrim Figueiredo (Iniciativa Liberal) e Luís Marques Mendes (PSD).
Jorge Pinto defende ensino do português no estrangeiro
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