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Joaquim, o 'czar' das Finanças: discreto cá fora, influente lá dentro

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 18 de setembro de 2024 às 23:00

Por que razões o ministro das Finanças tem aparecido tão pouco – e como a discrição estratégica contrasta com a influência que Joaquim Miranda Sarmento tem no Governo. A margem, as linhas vermelhas e os “nãos”.

O Governo da AD tinha tomado posse há pouco tempo quando o núcleo duro, centrado na Presidência do Conselho de Ministros, começou a fazer reuniões com os ministros das áreas em que era urgente negociar as carreiras, como as forças de segurança, os professores e os militares. Além do ministro do combate político, António Leitão Amaro, e do ministro de cada tutela setorial, houve outro sempre presente: Joaquim Miranda Sarmento. O ministro das Finanças pediu dados aos ministros em causa, traçou os limites iniciais de despesa adicional a negociar – ajustáveis, mas q.b. – e a sua equipa seguiu a estratégia ao longo do processo. Quando, em julho, o primeiro-ministro Luís Montenegro afirmou um “nem mais um cêntimo” no acordo com as polícias, estava a seguir a linha vermelha traçada pelas Finanças.

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