Jacques Rodrigues, dono do grupo Impala, detido por fraude

CM 23 de março
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Polícia Judiciária faz buscas no edifício do grupo de media.

Jacques Rodrigues, dono do grupo Impala, foi detido por suspeitas de fraude milionária, esta quinta-feira de manhã. A Polícia Judiciária está a fazer buscas no edifício do grupo de media.

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Como a SÁBADO já tinha noticiado, em fevereiro de 2022, um grupo de 27 credores/trabalhadores da Descobrirpress, a dona do grupo de media Impala, já tinha alegado que a empresa omitiu que em 2020 fez um despedimento coletivo.

No âmbito de uma ação policial denominada de Operação "Última Edição" que teve lugar em Lisboa, Sintra, Cascais, Oeiras, Amadora, Santo Tirso, Porto, Matosinhos e Funchal a autoridade procedeu à execução de 32 mandados de busca, oito buscas domiciliárias e vinte e quatro buscas não domiciliárias, segundo um comunicado da PJ. Foram também realizadas seis buscas em empresas com atividade no domínio da Comunicação Social, quatro em Sociedades/Gabinetes de Revisores Oficiais de Conta e uma em escritório de advogado.

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"Em causa está uma investigação criminal cujo objeto visa um plano criminoso traçado para, entre o mais, ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de diversos credores, v.g., os trabalhadores, fornecedores e o Estado, estando reconhecidos créditos num valor total de cerca de 100.000.000,00€ (cem milhões de euros)", diz o comunicado. "Acresce a forte indiciação do desvio de valores com origem nas estruturas societárias, para fora do território nacional, num montante global que ascenderá a largas dezenas de milhares de euros", acrescenta.

Os quatro detidos serão presentes no Tribunal de Instrução Criminal de Sintra, para realização do primeiro interrogatório judicial de arguidos detidos, para serem aplicadas as medidas de coação tidas por adequadas.

Foram ainda constituídos 10 arguidos. Em causa estão "suspeitas de atividades criminosas fortemente indiciadoras da prática dos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, insolvência dolosa agravada, burla qualificada e falsificação ou contrafação de documentos".

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