Oito portugueses são acusados de recrutamento, adesão e apoio ao Estado Islâmico e financiamento ao terrorismo. Instrução será dirigida pelo juiz Carlos Alexandre.
A instrução deste caso vai decorrer no tribunal de Monsanto, em Lisboa.
A instrução do processo foi pedida pelo advogado Lopes Guerreiro, defensor do arguido Rómulo Costa, que está em prisão preventiva no Estabelecimento prisional de Monsanto.
A investigação do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), que teve início em 2013, culminou na acusação de oito portugueses por recrutamento, adesão e apoio à organização terrorista Estado Islâmico (EI) e financiamento ao terrorismo.
No despacho de acusação, a que a agência Lusa teve acesso, é dito que os factos investigados "além da relevância pela sua extrema gravidade, são inéditos em Portugal".
As investigações começaram em janeiro de 2013 após terem sido recebidas informações das autoridades britânicas, que davam conta do envolvimento de dois cidadãos portugueses no rapto de dois jornalistas, um britânico, John Cantlie, e outro holandês, Jeroen Oerlemens, ocorrido na Síria em julho de 2012.
Dois dos arguidos acusados foram encontrados e interrogados em Portugal em 2019, entre os quais Rómulo Costa.
"Os restantes, cujo interrogatório não foi possível realizar, encontram-se em paradeiro incerto, havendo apenas a informação que um deles se encontra preso na Síria", segundo os procuradores.
Segundo a acusação, os arguidos aliciaram, convenceram, encaminharam e recrutaram jovens, a quem deram apoio financeiro e logístico para a sua deslocação para a Síria, através da compra de bilhetes de aviação, bens e serviços, pensões e alimentação para que estes integrassem "organizações terroristas fundamentalistas islâmicas de matriz jihadista e por elas combatessem no conflito armado" do país.
Os restantes arguidos são Nero Saraiva, Edgar Costa, Celso Costa (irmão de Rómulo Costa), Fábio Poças, Sandro Marques e Sadjo Ture.
Instrução do processo dos oito jihadistas portugueses arranca a 21 de fevereiro
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