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Inspecção ao DCIAP revela processos desaparecidos

António José Vilela
António José Vilela 31 de março de 2018 às 15:00

Dois inspectores do Ministério Público dizem que reinava o caos no Departamento Central de Investigação e Acção Penal. Não encontraram 126 dossiês internos da direcção sobre processos-crime. E até averiguações preventivas e inquéritos desapareceram. Pior: sem qualquer processo aberto, faziam--se vigilâncias no terreno a suspeitos.

No longo interrogatório a que foi sujeito no tribunal, o antigo procurador do Departamento de Investigação e Acção Penal (DCIAP), Orlando Figueira, que está a ser julgado por corrupção e branqueamento de capitais na Operação Fizz, deu uma explicação que pareceu insólita para o facto de terem sido encontradas em sua casa cópias de documentos que faziam parte dos processos que dirigiu quando trabalhava no Ministério Público (MP). Segundo relatou, o departamento onde se investiga a alta criminalidade financeira em Portugal não era um local seguro. "Há documentos que desaparecem, que são desselados, há violações… no DCIAP acontece", disse.

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