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IL: Governo fez cópia "muito mal feita" de propostas liberais para habitação

"É preciso não esquecer que este governo foi o mesmo que em 2024 apresentou um plano para habitação que, no fundo, não se veio a materializar em absolutamente nada", disse Mariana Leitão.

A líder da Iniciativa Liberal (IL), Mariana Leitão, acusou hoje o Governo de ter feito uma "cópia muito mal feita" de parte das propostas dos liberais para a habitação e criticou o excesso de burocracia das medidas anunciadas.

Mariana Leitão (IL) critica Governo por cópia mal feita de propostas sobre habitação
Mariana Leitão (IL) critica Governo por cópia mal feita de propostas sobre habitação MIGUEL A. LOPES/LUSA

As propostas anunciadas pelo Governo para a habitação "são quase uma tentativa, um bocadinho pouco mal conseguida, de copiar algumas das ideias da Iniciativa Liberal e refiro-me concretamente ao IVA a 6% para a construção", afirmou Mariana Leitão, falando em Gondomar, durante uma ação de pré-campanha para as autárquicas de 12 de outubro.

O pacote legislativo é "uma cópia muito mal feita e, portanto, eu até gostaria de deixar o repto ao senhor primeiro-ministro para que, quando precisar da ajuda da Iniciativa Liberal, nós estamos inteiramente disponíveis para dar os nossos contributos para que estas medidas possam, de facto, ter aplicação concreta", disse a líder dos liberais, que estão coligados em Gondomar com o PSD.

"A Iniciativa Liberal tem sido muito vocal relativamente a todo o problema que se sente da habitação. É um flagelo" e, "neste momento, nós sabemos que milhares de pessoas têm muita dificuldade em conseguir fazer face às despesas que implica comprar uma casa ou pagar uma renda", salientou a responsável política, recordando que o partido tem "alertado sucessivas vezes do Governo" para o problema, mas sem resposta.

"É preciso não esquecer que este governo foi o mesmo que em 2024 apresentou um plano para habitação que, no fundo, não se veio a materializar em absolutamente nada", sublinhou.

Luís Montenegro anunciou, esta quinta-feira, que o Governo vai baixar a taxa de IVA para 6% para a construção de casas para venda até 648.000 euros ou, se forem para arrendamento, com rendas até 2.300 euros (renda moderada) - um regime fiscal que irá vigorar até 2029.

Esta "medida tal como está desenhada pelo Governo, o que vai criar é mais burocracia, mais complicação, o que vai exigir é que os promotores tenham na mesma de pagar o IVA a 23% e depois passar por todo um processo burocrático para conseguirem reaver a diferença sobre aquele valor máximo que, entretanto, está estabelecido na habitação", acusou Mariana Leitão.

No que respeita ao arrendamento, em vez de ajustes fiscais, "aquilo que se exige é que se baixem os impostos transversalmente", porque "isto é o que o país precisa para resolver a crise da habitação, para dar confiança aos senhorios, para também porem as suas casas no mercado".

O que a IL quer, explicou, é "garantir que há um impulso do mercado de habitação, um impulso no mercado de construção e no mercado de arrendamento para garantir mais casas", com "menos burocracia e menos complicações nos contratos feitos entre senhorios e inquilinos, mais liberdade contratual e é que nós precisamos neste momento", mas "as medidas do Governo ficam muito aquém daquilo que o país precisa".

No concelho de Gondomar, a IL concorre coligada com o PSD, liderado localmente pelo deputado Emídio Guerreiro, e ocupa o quarto lugar na lista à câmara, com a promessa de ter a pasta das Finanças, e o quinto, nono e 11.º na lista para a Assembleia Municipal.

Há quatro anos, o PS manteve a câmara, obtendo sete lugares na vereação, contra três do PSD e um da CDU.

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