Sábado – Pense por si

Guardas florestais convocam protesto nacional

23 de agosto de 2016 às 12:51
As mais lidas

Lutam contra a extinção da carreira e a "inflexibilidade manifestada pelo Governo", indica Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas

Os guardas florestais vão realizar uma manifestação nacional, no dia 8 de Setembro, em Lisboa, contra a extinção da carreira e a "inflexibilidade manifestada pelo Governo", anunciou hoje a federação representativa do sector.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas disse hoje, em conferência de imprensa, que vai ser emitido um pré-aviso de greve de 24 horas, para o dia 8 de Setembro, de modo a permitir a participação dos guardas florestais na manifestação que irá começar com uma concentração no largo do Carmo, em Lisboa, seguindo depois para o Terreiro do Paço.

Os guardas florestais do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), da GNR, contestam a extinção da carreira e reclamam a atribuição de suplementos remuneratórios relacionados com as condições específicas do seu trabalho.

Luís Pesca, da federação sindical, avançou na quinta-feira à agência Lusa que a greve foi a forma de luta escolhida para enfrentar a recusa do Governo em aceitar as reivindicações dos guardas, o que "contrasta com as afanosas declarações em defesa da floresta e da prevenção dos incêndios florestais, quer do primeiro-ministro, quer de outros membros do governo, nos últimos dias".

Os sindicatos salientam que, numa reunião realizada na quarta-feira, "o Governo PS recusou negociar com a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais a reversão do processo de extinção da carreira de guarda-florestal e a atribuição de suplementos remuneratórios decorrentes das suas funções e condições específicas de trabalho".

No encontro, segundo a federação, o secretário de Estado da Administração Interna também recusou a resolução de questões relacionadas com a carreira de guarda-florestal.

"Insistir no erro da extinção da carreira de guarda-florestal não é defender a floresta, e o Governo insiste neste erro, como insiste em manter [estes profissionais] numa situação de subvalorização no SEPNA/GNR", salienta a Federação.

Para a estrutura sindical, "é por demais evidente que, neste serviço, são os elementos desta carreira que asseguram competentemente as funções de policiamento e fiscalização do cumprimento da legislação florestal, da caça e da pesca e garantem a investigação das causas dos incêndios florestais e a criteriosa validação das áreas ardidas e dos danos na floresta".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.