"Aqui ainda há combustível", disse o representante da empresa Combustíveis do Alto Alentejo. O "caso particular" justifica-se com a população estar habituada a abastecer em Badajoz.
A greve dos motoristas de matérias perigosas está a "passar ao lado" das gasolineiras da zona raiana deElvase Campo Maior (Portalegre) e o segredo está na tradição da população abastecer no outro lado da fronteira.
"Aqui ainda há combustível", disse hoje à agência Lusa João Carlos Carpinteiro, representante da empresa Combustíveis do Alto Alentejo, justificando o "caso particular" com o facto de a população estar habituada a abastecer na vizinha cidade espanhola deBadajoz.
De acordo com o empresário, todas as gasolineiras que fornece, situadas nos concelhos de Elvas, Campo Maior, Monforte, Portalegre, Alter do Chão e Sousel, continuam a ter hojecombustíveispara comercializar.
"Ontem [terça-feira], notou-se em Elvas as pessoas a abastecer um bocadinho mais do que aquilo que é habitual, para prevenir se tivessem de ir a Badajoz, mas nada mais do que isso", relatou.
Numa ronda efetuada hoje de manhã pela Lusa pelas sete gasolineiras localizadas na cidade de Portalegre, capital de distrito, apenas duas não tinham já gasóleo para fornecer aos clientes.
Durante a manhã, em Portalegre, não eram notórias filas significativas de veículos junto aos postos de abastecimento de combustíveis, observando-se, no entanto, uma afluência mais acentuada do que o habitual.
Um dos funcionários de uma gasolineira instalada numa superfície comercial disse à Lusa que, na terça-feira, vendeu "três vezes mais" combustível do que é normal num dia de semana.
Em Évora, a maioria dos postos de abastecimento de combustíveis já não tinha gasóleo hoje de manhã, segundo uma ronda feita pela Lusa.
De seis postos contactados, apenas dois tinham diesel, verificando enormes filas.
Na cidade de Beja, os postos de abastecimento de combustíveis estão abertos, mas alguns já não dispõem hoje de algum tipo de gasóleo ou de gasolina e há pelo menos um a limitar os abastecimentos por viatura.
A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Na terça-feira, alegando o não cumprimento dos serviços mínimos decretados, o Governo avançou com a requisição civil, definindo que até quinta-feira os trabalhadores a requisitar devem corresponder "aos que se disponibilizaram para assegurar funções em serviços mínimos e, na sua ausência ou insuficiência, os que constem da escala de serviço".
No final da tarde de terça-feira, o Governo declarou a "situação de alerta" devido à greve, avançando com medidas excecionais para garantir os abastecimentos e, numa reunião durante a noite com a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, foram definidos os serviços mínimos.
Greve "passa ao lado" em Elvas onde há tradição de ir a Badajoz
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