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Greve nas rodoviárias de Leiria e Santarém ronda 90% de adesão

A greve dos trabalhadores das rodoviárias do Oeste, Lis e Tejo (distritos de Leiria e Santarém) rondou hoje os 90% de adesão, disse fonte sindical durante uma concentração que reuniu, em Lisboa, pouco mais de uma centena destes trabalhadores.

Agreve dos trabalhadores das rodoviáriasdo Oeste, Lis e Tejo (distritos de Leiria e Santarém) rondou hoje os 90% de adesão, disse fonte sindical durante uma concentração que reuniu, em Lisboa, pouco mais de uma centena destes trabalhadores.

A greve "continua a rondar os 90% de adesão, com grande predominância dos trabalhadores motoristas", afirmou à Lusa Manuel Castelão, do Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP).

Os trabalhadores das rodoviárias do Oeste, Lis e Tejo iniciaram hoje uma greve de dois dias, até às 03:00 de sábado, para exigir o aumento do salário e a unificação das regras de trabalho nas empresas do Grupo Barraqueiro.

Hoje, pouco mais de uma centena destes trabalhadores, com origem em Santarém, deslocaram-se à sede do Grupo Barraqueiro, no Campo Grande, em Lisboa, para protestar.

"Apresentámos, em tempo oportuno, uma proposta de aumento de salários à empresa, tendo em conta os valores que são praticados por esta, a empresa entendeu que não deveria negociar connosco, tem vindo a arrastar este processo, tem vindo a canalizar para a associação patronal a resolução deste problema sem apresentar propostas e os trabalhadores entendem que não podem parar. Estamos a falar de salários que rondam os 609 euros de um salário base de motorista e isto é inqualificável", disse o sindicalista.

Manuel Castelão salientou que um motorista gasta entre 3.000 e 4.000 euros para obter licenças e ter os requisitos para trabalhar, trabalham "12 horas para ganharem oito e alguns têm um subsídio de refeição que ronda os 2,55 euros".

Presente na concentração, o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, frisou que esta situação se mantém devido "à intransigência da empresa".

"É uma situação insustentável. Estamos a falar de profissionais do volante que têm não só de zelar pela sua própria segurança como, acima de tudo, assegurar a segurança das pessoas que transportam. Uma profissão desta natureza, com a desregulação dos horários que lhe está associada, justifica e exige um outro tipo de retribuição que estes trabalhadores não têm", defendeu o dirigente da CGTP.

Os trabalhadores já tinham realizado uma greve de dois dias no final de novembro, pelos mesmos motivos.

As três transportadoras pertencem ao grupo Barraqueiro e à Transdev, numa proporção de 49% de participação cada uma, com os outros 2% a pertencerem à empresa-mãe, a Rodoviária do Tejo.

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