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Grande Investigação: Os novos escravos do Alentejo

Paulo Barriga
Paulo Barriga 03 de fevereiro de 2020 às 07:00

Na última década, a criminalidade associada ao tráfico de pessoas disparou no Alentejo graças à implantação do olival intensivo e da necessidade de mão de obra.

Não foi apenas a paisagem agrícola que mudou com o incremento da plantação intensiva de olivais no Alqueva, foi também a humana. Hoje, qualquer aldeia da região, por mais ínfima que seja, está transformada numa verdadeira Babel. Nos últimos 70 anos, o distrito de Beja, onde se situa o grosso da área regada pela grande barragem, perdeu sensivelmente metade da sua população, numa curva demográfica negativa que parece estar a estancar devido ao fluxo de trabalhadores estrangeiros indiferenciados que hoje acorre aos campos do Sul. Onde a criminalidade associada ao tráfico de seres humanos disparou na devida proporção do recente fenómeno migratório.

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