Direção-Geral do Património Cultural tem até dezembro para propor um responsável pela curadoria da "Coleção SEC", as obras de arte que não estão desaparecidas mas sim, "mal localizadas", segundo a ministra da Cultura.
O Governo fez publicar hoje em Diário da República o despacho que determina que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) tem até dezembro para rever a inventariação da chamada "Coleção SEC" e propor um responsável pela curadoria.
Em despacho datado de 27 de junho e publicado hoje no Diário da República, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, estabelece que a DGPC tem até ao fim de 2019 para "efetuar uma avaliação dos protocolos existentes e uma proposta de atualização dos mesmos, tendo em vista, nomeadamente, incluir novas obrigações relativas à sua implementação, bem como preparar as decisões relativas às respetivas renovações e vigências".
O conteúdo do despacho tinha sido revelado em meados de junho e prevê que a DGPC conclua até ao final do ano "as ações de conferência e de revisão do inventário da Coleção de obras de arte do Estado".
No mês passado, a ministra da Cultura reconheceu que algumas obras da coleção de arte contemporânea do ministério que tutela "precisam de uma localização mais exata", mas rejeitou que estejam desaparecidas.
Segundo o diploma publicado hoje, deve também a DGPC "apresentar uma estratégia plurianual para a exibição das obras de arte que integram a Coleção do Estado, incluindo uma proposta de programação para o biénio de 2020/2021, em articulação com o trabalho desenvolvido pela Comissão de Aquisição de Arte Contemporânea".
Adicionalmente, deverá ainda ser escolhida uma pessoa responsável pela programação e curadoria da coleção.
A DGPC tem também de "apresentar uma nova solução tecnológica para a inventariação e gestão da Coleção de obras de arte do Estado, bem como para a sua disponibilização online".
"O Ministério da Cultura considera que é fundamental garantir uma gestão eficiente desta Coleção, do seu depósito e da sua respetiva documentação. Tal permitirá assegurar a sua adequada conservação e investigação, consolidar o acervo de arte contemporânea do Estado e implementar uma estratégia clara para a sua divulgação e fruição em todo o território nacional", pode ler-se num comunicado enviado pelo ministério hoje de manhã sobre o mesmo assunto.
Iniciada em 1976 e, fruto da sucessiva criação, extinção e fusão de vários serviços e organismos culturais, a coleção é composta por mais de um milhar de obras de arte que se encontram dispersas por diversas instituições e organismos, na sequência da celebração de protocolos de depósito, de comodato ou de cedência.
Em 2017, o Governo determinou que a DGPC ficaria incumbida de localizar e inventariar a Coleção de Arte Contemporânea do Ministério da Cultura, conhecida como "Coleção SEC".
De acordo com despacho publicado naquele ano, a DGPC deveria, "com a colaboração da Direção-Geral das Artes, proceder à localização e ao inventário das obras da Coleção SEC", e à "análise e avaliação dos protocolos, de depósito, comodato e de cedência, existentes".
"Desde, pelo menos, 2006 que, quer os organismos que antecederam a Direção-Geral do Património Cultural, quer os diversos grupos de trabalho criados para o efeito, vêm recomendando a afetação da Coleção SEC à Direção-Geral do Património Cultural, uma vez que é esta, e não a Direção-Geral das Artes, que tem por missão assegurar a gestão, a salvaguarda, a valorização, a conservação e o restauro dos bens que integram o património cultural, bem como desenvolver e executar a política museológica nacional", sustenta o despacho de 2017.
Governo quer inventário de coleção de arte perdida até ao fim do ano
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Brigitte e Emmanuel nada têm a ganhar com este processo que empestará ainda mais a atmosfera tóxica que rodeia o presidente, condenado às agruras políticas de um deplorável fim de mandato
Esta ignorância velha e arrastada é o estado a que chegámos, mas agora encontrou um escape. É preciso que a concorrência comece a saber mais qualquer coisa, ou acabamos todos cidadãos perdidos num qualquer festival de hambúrgueres