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Famílias residentes em prédios da Fidelidade em Loures temem ser despejadas

Mais de uma centena de famílias estão a ser informadas de que os seus contratos não serão renovados.

Mais de uma centena de famílias que residem em prédios pertencentes à companhia de seguros Fidelidade no concelho de Loures estão a ser informados de que os seus contratos não serão renovados, temendo ficar sem alternativa habitacional.

A apreensão destes moradores foi manifestada ao final desta tarde durante uma concentração, junto a um dos quatro prédios que será afectado por esta decisão da seguradora, proprietária dos imóveis.

Em causa está, segundo explicaram alguns dos moradores à agência Lusa, o facto de a Fidelidade ter começado a notificar os inquilinos dos prédios de que o seu contrato não irá ser renovado, e de que passado alguns meses terão de entregar as chaves do imóvel.

A alguns moradores residentes há mais de 30 naqueles apartamentos está a ser dado um prazo de dois anos para que entreguem a chave do apartamento, segundo contou à agência Lusa Elisabete Costa, que tem assumido o papel de porta-voz do grupo.

"É uma situação que envolve várias centenas de famílias. Amanhã (segunda-feira) iremos começar a contabilizar o número exacto e na quinta-feira iremos expor a situação à Assembleia Municipal de Loures. Queremos acreditar que será possível evitar que venham todas estas famílias para a rua", apontou.

A moradora, que está a pagar uma renda de quinhentos euros, sublinha que será "impossível conseguir encontrar uma alternativa a um menor preço no mercado de arrendamento.

"Sabemos como estão os preços das rendas. Não sei como é que a minha família e as outras irão conseguir sobreviver se nos tirarem daqui. É uma situação dramática apontou.

Entretanto, os moradores já criaram uma página no Facebook para "trocar ideias e dar conta da intenção de despejo", fazendo já parte desse grupo elementos da Câmara Municipal de Loures e da União de Freguesias de Santo António dos Cavaleiros e Frielas.

A Lusa contactou a Fidelidade mas não obteve, até agora, resposta.

Em Outubro do ano passado a Fidelidade tinha anunciado querer "reforçar a solidez" da empresa com a venda de 277 imóveis, localizados em várias partes do país.

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