Quando foi assinado o contrato de compra, o ministro João Gomes Cravinho disse que o KC390 teria um "duplo uso --- civil e militar, incluindo combate aos incêndios", mas não explicou que o contrato não previa a compra do kit que possibilita essa missão.
A Força Aérea tem 10 aeronaves que podiam ser usadas para combater incêndios rurais, mas não os utiliza para este fim porque o Estado não comprou os 'kits' que permitem adaptar os aparelhos para esta missão.
KC390 da Força Aérea Portuguesa não combatem incêndios por falta de 'kits'Flávia Camarão Coelho/Força Aérea
Segundo escreve hoje o jornal Público, para serem usados no combate aos incêndios, estes três aviões pesados e sete helicópteros ligeiros da Força Aérea Portuguesa (FAP) teriam de ser adaptados com um "sistema modular aerotransportável de combate a incêndios", que integra um tanque com capacidade para transportar 12 mil litros.
O 'kit' foi usado pela primeira vez pela Força Aérea Brasileira (FAB) em julho de 2024 e, segundo aquela entidade, tem "sido uma ferramenta eficaz no combate a incêndios florestais, como no Pantanal e no interior do estado de São Paulo", refere o jornal.
Numa nota publicada no seu site, a FAB diz que o KC-390 está indicado para o "combate a incêndios florestais de grande escala".
Os seis KC-390 que Portugal comprou à brasileira Embraer --- que pretendem substituir os Lockheed C-130 que operam há mais de 45 anos na FAP --- não têm como missão primordial o combate a incêndios, mas podem ser usados nessas missões.
Em agosto de 2019, quando foi assinado o contrato de compra dos aviões à Embraer, o ministro socialista João Gomes Cravinho disse que o KC390 teria um "duplo uso --- civil e militar, incluindo combate aos incêndios", mas não explicou que o contrato não previa a compra do kit que possibilita essa missão, escreve o diário.
O KC-390 só se abastece de água num aeródromo - ao contrário dos anfíbios que conseguem reabastecer-se rapidamente num rio ou num lago -- e precisa de cerca de 40 minutos para voltar a descolar, o que condiciona o ritmo das descargas.
Contudo, explica o Público, consegue transportar 12 mil litros de água e não precisa de a largar de uma só vez, podendo uma única carga ser utilizada em vários incêndios.
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Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.