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Estado tem 10 aeronaves que podem combater incêndios mas faltam 'kits'

Lusa 06 de agosto de 2025 às 07:51
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Quando foi assinado o contrato de compra, o ministro João Gomes Cravinho disse que o KC390 teria um "duplo uso --- civil e militar, incluindo combate aos incêndios", mas não explicou que o contrato não previa a compra do kit que possibilita essa missão.

A Força Aérea tem 10 aeronaves que podiam ser usadas para combater incêndios rurais, mas não os utiliza para este fim porque o Estado não comprou os 'kits' que permitem adaptar os aparelhos para esta missão.

KC390 da Força Aérea Portuguesa não combatem incêndios por falta de 'kits'
KC390 da Força Aérea Portuguesa não combatem incêndios por falta de 'kits' Flávia Camarão Coelho/Força Aérea

Segundo escreve hoje o jornal , para serem usados no combate aos incêndios, estes três aviões pesados e sete helicópteros ligeiros da Força Aérea Portuguesa (FAP) teriam de ser adaptados com um "sistema modular aerotransportável de combate a incêndios", que integra um tanque com capacidade para transportar 12 mil litros.

O 'kit' foi usado pela primeira vez pela Força Aérea Brasileira (FAB) em julho de 2024 e, segundo aquela entidade, tem "sido uma ferramenta eficaz no combate a incêndios florestais, como no Pantanal e no interior do estado de São Paulo", refere o jornal.

Numa nota publicada no seu site, a FAB diz que o KC-390 está indicado para o "combate a incêndios florestais de grande escala".

Os seis KC-390 que Portugal comprou à brasileira Embraer --- que pretendem substituir os Lockheed C-130 que operam há mais de 45 anos na FAP --- não têm como missão primordial o combate a incêndios, mas podem ser usados nessas missões.

Em agosto de 2019, quando foi assinado o contrato de compra dos aviões à Embraer, o ministro socialista João Gomes Cravinho disse que o KC390 teria um "duplo uso --- civil e militar, incluindo combate aos incêndios", mas não explicou que o contrato não previa a compra do kit que possibilita essa missão, escreve o diário.

O KC-390 só se abastece de água num aeródromo - ao contrário dos anfíbios que conseguem reabastecer-se rapidamente num rio ou num lago -- e precisa de cerca de 40 minutos para voltar a descolar, o que condiciona o ritmo das descargas.

Contudo, explica o Público, consegue transportar 12 mil litros de água e não precisa de a largar de uma só vez, podendo uma única carga ser utilizada em vários incêndios.

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