Sábado – Pense por si

Estado da negação. Esquerda à direita e direita à esquerda

Octávio Lousada Oliveira
Octávio Lousada Oliveira 12 de julho de 2017 às 21:06

Os 226 minutos de debate ficaram marcados pelo amparo do BE e PCP ao Governo. O PSD carregou nas tintas da degradação do Estado e o CDS exigiu a cabeça de dois ministros. Costa adaptou Humberto Delgado: obviamente não os demite

Poderá ser um cliché para qualquer pessoa que tenha feito scroll nas redes sociais esta tarde: o debate do Estado da Nação deste ano, o segundo desde que António Costa é primeiro-ministro, foi, em bom rigor, um exercício colectivo de negação. Ou, pelo menos, de inversão de papéis: o PS insistiu na tese de que a austeridade é coisa do passado e que conseguiu alcançar as metas orçamentais sem ir além do que exigia Bruxelas; a esquerda à esquerda da bancada socialista fingiu que não sabia - ou que não tinha responsabilidade nisso - que as cativações tiraram quase mil milhões de euros da economia real no ano passado e a direita, quase em uníssono, chamou a si o papel da defesa do Estado nas suas várias dimensões – da soberania aos serviços sociais.

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