Tornou-se o rosto do JPP, que mudou a paisagem política da Madeira. Vai ao mar todos os dias, à Marcelo. Levanta-se com as galinhas, dá comida aos 5 gatos, corre a ilha a atender pessoas e ficou a dois deputados do PS.
No domingo, 26 de maio, dia das eleições na Madeira, Élvio Sousa chegou à noite de festa eleitoral já com dois banhos de mar tomados. Vive a 400 metros, no Sítio do Povo – nome adequado para quem é secretário-geral do JPP, Juntos pelo Povo – e acha que “os banhos de água salgada são uma componente de limpeza espiritual e carnal do melhor, limpa os poros”. À noite, poros limpos, anunciou que a partir das 5h da manhã lhe podiam ligar. “Uma bravata para mostrar que se levanta com as galinhas”, acusa um opositor. Mas real, assegura o próprio. A rotina não mudou nesse dia. À noite, é assim: “Peço inspiração divina antes de dormir para no dia seguinte falar do coração e estar de consciência tranquila e ligado à terra. Muitos estão num satélite extraterreno. Tenho essa necessidade. Quem come e ganha bem acha que ninguém passa dificuldades.” Depois, de madrugada (pela bitola do comum mortal, a partir das 5h30 da manhã), prepara os debates no parlamento regional ou eleitorais (“Apenas uns tópicos, escrito só para ocasiões especiais, para o caso de me dar algum nervoso miudinho”, explica). “Bebo muito café de manhã, leio os jornais, defino a metodologia, tenho o computador na cozinha, vejo as estrelas. Dou comida aos cinco gatos que adotámos. Tenho um branco, foi-me acordar hoje às 6h, o Pipoca, já sabe o meu horário.”
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Há momentos que quebram um governo. Por vezes logo. Noutras, há um clique que não permite as coisas voltarem a ser como dantes. Por vezes são casos. Noutras, são políticas. O pacote laboral poderá ser justamente esse momento para a AD.
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Apoiando Marques Mendes, recuso-me a “relinchar” alegremente campanha fora, como parece tomar por certo o nosso indómito candidato naquele tom castrense ao estilo “é assim como eu digo e porque sou eu a dizer, ou não é de forma alguma!”.
O tarefeiro preenche um buraco, não constrói a casa. Tal como no SNS, a proliferação de tarefeiros políticos não surge do nada. É consequência de partidos envelhecidos, processos de decisão opacos, e de uma crescente desconfiança dos cidadãos.