Sábado – Pense por si

Dácio, o Barão Vermelho, 3ª parte: o território da tragédia

João Pedro George
João Pedro George 02 de setembro de 2025 às 23:00

E assim chegamos ao fatídico dia: 28 de julho de 1995. Depois da tragédia, D. Alice percebeu que, na véspera, o patrão estivera a escrever um conjunto de cartas, uma das quais destinada a ela própria. Outras, a vários poetas. Pedia desculpa pelo transtorno. O sangue das vítima sujara toda a casa. Os filhos ingleses só souberam anos depois e ainda procuram respostas.

Na quarta-feira, 26 de Julho de 1995, Dácio entrou pela última vez na tabacaria do costume: "Perfeitamente normal, nada fazia prever uma coisa daquelas. Via-se que tinha verdadeira adoração pelo filho. O garoto era muito delicado: 'Boa tarde, senhor Martins', dizia ele. Um rapazinho comedido, não fazia exigências nem tinha caprichos'". Depois, passou pelo alfarrabista Santo António, na Rua Garcia de Orta (Lapa), onde tinha crédito, e pagou tudo o que devia.

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