Muitos autarcas têm receio que os equipamentos de diversão itinerante possam "promover ajuntamentos de pessoas", lamenta APED.
Os municípios não têm "estado recetivos" à instalação de equipamentos de diversão itinerante, apesar de já estarem autorizados a funcionar mediante regras sanitárias, afirmou hoje a Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED).
O despacho do Governo a autorizar o funcionamento de equipamentos de diversão itinerante foi publicado no início de julho, mas, um mês depois, a percentagem de autarquias que aceitaram acolher equipamentos é ainda "mínima", afirmou hoje à agência Lusa o presidente da APED, Francisco Bernardo.
"Os parques que existem não devem cobrir sequer 5% e, se calhar, estou a ser muito simpático", frisou o responsável da associação, que realizou hoje uma reunião extraordinária de sócios em Pedrógão Grande.
Segundo Francisco Bernardo, o grande problema que os empresários enfrentam neste momento é a falta de recetividade e abertura dos municípios para "a instalação destes equipamentos", com muitos autarcas a terem receio que esses locais possam "promover ajuntamentos de pessoas".
"Nós estamos a tentar ir junto dos municípios e convencê-los a autorizarem-nos e a licenciarem-nos para pôr toda esta gente a trabalhar o mais rápido possível", frisou.
Francisco Bernardo salientou que os problemas não se esgotam apenas nessa questão, havendo também a dificuldade em garantir a rentabilidade do negócio, mesmo com abertura dos municípios para instalarem equipamentos de diversão.
"Há um leque de despesas para o promotor e depois para o empresário, como a logística de transporte dos equipamentos, pagamento a funcionários, despesas associadas aos consumos de luz, certificação de equipamentos e seguros. Havia várias despesas que eram diluídas em seis ou sete meses de trabalho e agora vão ter de ser diluídas em um ou dois meses", notou, sublinhando que, em casos com menor afluência, poderá não compensar instalar os equipamentos.
De acordo com o presidente da APED, a associação vai continuar a dialogar e a sensibilizar os municípios, ao mesmo tempo que vai procurar marcar uma reunião no Ministério da Economia, por forma a resolver outros problemas, como é o caso da burocracia associada a esta atividade.
"Eu considero que o pessoal deste setor é muito resiliente, mas está a ficar pesada a máquina e é difícil conseguirmos convencê-los a terem calma, porque olham para o lado e não veem soluções", constatou.
Covid-19: Empresários da diversão itinerante dizem que municípios não têm mostrado abertura
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Chamar a este projeto de “corredor da paz” enquanto se inscreve o nome de Trump é uma jogada de comunicação que consolida a sua imagem como mediador global da paz.
Cuidarmos de nós não é um luxo ou um capricho. Nem é um assunto que serve apenas para uma próxima publicação numa rede social. É um compromisso com a própria saúde, com a qualidade das nossas relações e com o nosso papel na comunidade.
Prepara-se o Governo para aprovar uma verdadeira contra-reforma, como têm denunciado alguns especialistas e o próprio Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, num parecer arrasador.