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Fernando Maltez afirmou que "até à data" não sentiu falta de qualquer equipamento de proteção individual, nem prevê que tal aconteça a curto prazo.
O diretor do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Curry Cabral, Fernando Maltez, afirmou hoje que "até à data" não sentiu falta de qualquer equipamento de proteção individual, nem prevê que tal aconteça a curto prazo.
No final de uma visita de cerca de duas horas do primeiro-ministro e da ministra da Saúde a este hospital de Lisboa, uma das unidades de referência para a doença covid-19, Fernando Maltez agradeceu a presença de António Costa e de Marta Temido.
"É um incentivo não só aos profissionais de saúde, mas também aos doentes, saber que há um interesse genuíno em saber como as coisas correm e como o sistema de saúde está a responder a esta pandemia", apontou.
Sobre as questões que os jornalistas tinham colocado ao primeiro-ministro de queixas de falta de material de proteção nas unidades de saúde, Fernando Maltez disse querer "reforçar" as garantias de António Costa.
"Até à data, aqui no serviço não tivemos falta de qualquer tipo de equipamento de proteção individual", disse, acrescentando ainda que "nem se prevê que a curto prazo" possa existir falta de "qualquer equipamento necessário para tratar com segurança" os doentes com covid-19.
No entanto, o diretor do Serviços de Doenças Infecciosas alertou que "não se deve confundir o que é falta com aquilo que deve ser a racionalização dos equipamentos".
"Os equipamentos devem ser utilizados de acordo com as necessidades e não mais do que isso: para uma determinada patologia está indicado um determinado equipamento de proteção individual e não é por se usar equipamento a dobrar que ficamos mais protegidos, antes pelo contrário, corremos mais riscos", disse.
Fernando Maltez repetiu o conselho do primeiro-ministro de que "o mais importante é tentar evitar que surja um número de doentes que exija um número muito elevado de equipamento".
"O nosso principal objetivo neste momento não é tentar comprar mais equipamento, o objetivo principal é de facto obedecer às medidas de contenção de forma religiosa", apelou o médico.
O diretor de serviço do Curry Cabral considerou que em Portugal as medidas de contingência foram adotadas de "forma mais precoce e atempada" do que em países como Itália.
"Se cumprirmos todas as nossas obrigações, pode fazer toda a diferença comparativamente às curvas epidémicas de outros países", defendeu.
De acordo com o balanço que fez, neste momento estão internados com covid-19 no Hospital Curry Cabral 22 pessoas na enfermaria geral e 15 nos cuidados intensivos, sendo ainda acompanhados 145 em isolamento domiciliário.
"Fazemos à volta de 120 testes por dia, até agora também não tivemos falta de testes", esclareceu ainda.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro de 2019 na China e já infetou mais de 428.000 pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 19.000 morreram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde indicou hoje que a pandemia de covid-19 já provocou 43 mortes e 2.995 infetados.
Desde as 00:00 do dia 19, todo o país se encontra em estado de emergência, que vigorará até às 23:59 do dia 02 de abril.
Covid-19: Diretor de infecciologia do Curry Cabral diz que ainda "não faltou equipamento"
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