"A situação é um pouco diferente, porque as normas são maioritariamente orientadoras e as que são obrigatórias fazem sentido", explica associação.
Os responsáveis das creches consideram as novas orientações da Direção-Geral da Saúde mais adequadas, pois "deixaram de ser normativas" podendo adaptar-se à realidade das instituições, defendeu a associação representativa do setor.
"A situação é um pouco diferente, porque as normas são maioritariamente orientadoras e as que são obrigatórias fazem sentido", disse à Lusa Susana Batista, presidente da Associação de Creches e de Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP).
A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou hoje um conjunto de normas orientadoras que as creches devem pôr em prática a partir da próxima segunda-feira, quando voltarem a receber as crianças.
As creches encerraram em 16 de marco por decisão do Governo para combater a pandemia de covid-19.
Para Susana Batista, o novo documento resolve alguns dos pontos mais polémicos, como a obrigatoriedade de manter um distanciamento entre crianças, não permitir a partilha de brinquedos ou não deixar as crianças interagir umas com as outras.
No caso dos brinquedos, por exemplo, a ideia é que haja "mais momentos de higienização ao longo do dia e isso as educadoras conseguem fazer", explicou.
Os funcionários também devem pedir aos encarregados de educação que não deixem as crianças levar brinquedos ou outros objetos de casa para a creche.
O facto de as orientações da DGS deixarem de ser normativas deixa mais descansado quem trabalha nas creches: "Agora a ideia é tentar fazer com que as coisas aconteçam, sendo que nos podemos adaptar, na medida do possível, o que é completamente diferente. Antes havia a sensação de que se algo corresse mal seríamos penalizados", disse a presidente da ACPEE??????P.
A representante dos estabelecimentos de ensino sublinha o trabalho diário que tem sido feito nas creches para pôr em prática as novas regras apostadas em reduzir ao máximo o perigo de contágio.
"Agora está tudo mais dependente do nosso trabalho e não das crianças. Claro que não existe risco zero, nem nas creches nem em lado nenhum", considerou.
Não usar o calçado que se traz da rua, não permitir a entrada dos pais dentro dos estabelecimentos, definir horários de entrada e de saída desfasados assim como criar circuitos de entrada e saída da sala de atividades para cada grupo de crianças são algumas das medidas que as creches estão a trabalhar para pôr em prática.
Neste processo, Susana Batista lamentou apenas que os documentos orientadores só estejam a ser divulgados hoje, a cinco dias da reabertura.
"Há todo um trabalho de afinamento que ainda é preciso fazer e ainda por cima fomos informados hoje de manhã pela Segurança Social de que iria também fazer chegar as suas próprias recomendações", lamentou.
Até à próxima segunda-feira, os planos de contingência das creches devem ser adaptados e ativados.
As instituições têm pouco tempo, mas acreditam que vão conseguir preparar tudo para receber as crianças num espaço onde os riscos estão minimizados ao máximo.
Reduzir o número de crianças para maximizar o distanciamento entre elas é outra das medidas propostas pela DGS que sublinha que nunca poderá estar em causa o normal funcionamento das atividades lúdico-pedagógicas.
Este não deverá ser um problema já que segundo um levantamento feito pela associação, a maioria das creches terá menos de meia dúzia de crianças nesta primeira fase de reabertura.
Portugal contabiliza até hoje 1.175 mortos associados à covid-19 em 28.132 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da DGS.
Portugal entrou a 03 de maio em situação de calamidade devido à pandemia, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Covid-19: Creches satisfeitas com novas orientações da DGS
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