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Covid-19. Chega pede "estabilidade e previsibilidade" nas medidas

André Ventura indicou ainda que manterá o voto contra uma nova renovação do estado de emergência.

O presidente do Chega pediu hoje "estabilidade e previsibilidade" nas medidas para mitigar a propagação da covid-19, e indicou que manterá o voto contra uma nova renovação do estado de emergência.

Após ser recebido, no Palácio de Belém, em Lisboa, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sobre a renovação do estado de exceção, de 24 de dezembro até 07 de janeiro, André Ventura defendeu que é importante que os portugueses "saibam com o que podem contar" e "que se mantenha o mesmo nível de restrições que já estavam definidas".

"Honestamente, o facto de o Governo ter alterado versões e restrições de forma tão rápida ao longo de várias semanas não nos dá a nós, Chega, confiança de que podemos ter um cenário de estabilidade e previsibilidade", criticou.

"Por isso, apelámos ao Presidente que sensibilize o Governo para que haja aqui previsibilidade e estabilidade, mas os sinais que nos vêm do Governo são contraditórios face àquilo que pode ser feito nos próximos dias", assinalou André Ventura.

O deputado único do Chega adiantou que irá manter o voto contra a renovação do estado de emergência, justificando que recusa passar "cheques em branco" e que "há questões de fundo" com as quais o partido discorda.

André Ventura, que é também candidato às eleições presidenciais de janeiro, afirmou igualmente que "o mais provável" é que o estado de emergência se mantenha em vigor durante o período de campanha eleitoral que, por isso, "terá de ser reorganizada" para decorrer "tendo em conta as regras de saúde pública".

O candidato apelou às entidades que saúde que emitam "normas claras" sobre a campanha "logo que seja possível", e recusou um regime de exceção para as ações das candidaturas.

O Presidente da República está hoje a fazer uma ronda de audiências com os partidos com representação parlamentar sobre a provável renovação do estado de emergência até 07 de janeiro.

De manhã, Marcelo Rebelo de Sousa recebe a Iniciativa Liberal (IL), Chega, Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), CDS e PCP. À tarde, é recebido o Bloco de Esquerda, PSD e PS.

Marcelo já informou que não falará ao país sobre a provável renovação do estado de emergência até janeiro, como fez anteriormente, por ser agora candidato presidencial.

A seguir, vai consultar o Governo sobre o "muito provável" decreto de renovação do estado de emergência de 24 de dezembro até 07 de janeiro, disse o Presidente, em 10 de dezembro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.636.687 mortos resultantes de mais de 73,4 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 5.733 pessoas dos 353.576 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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