Celebração do 25 de Abril vai decorrer pela primeira vez sem ações de rua e sem atividades culturais em sala. É através das janelas digitais que artistas, entidades culturais e câmaras municipais se desdobram em iniciativas para recordar a revolução que há 46 anos pôs fiz à ditadura.
Em tempo de isolamento social, por causa dacovid-19, as celebrações culturais do25 de Abril de 1974concentram-se na Internet e com um convite para que se cante em casa uma das senhas históricas da revolução.
O apelo, que é subscrito por mais de trinta associações, confederações, sindicatos, autarquias e partidos políticos (BE, Livre, PCP, Os Verdes, POUS e PS), estende-se também a quem estiver a trabalhar e ainda aos media, para que transmitam a música à mesma hora.
E porque a celebração do 25 de Abril vai decorrer pela primeira vez sem ações de rua e sem atividades culturais em sala, é através das janelas digitais que artistas, entidades culturais e câmaras municipais se desdobram em iniciativas para recordar a revolução que há 46 anos pôs fiz à ditadura.
O Museu do Aljube, em Lisboa, partilhará pequenos vídeos com histórias e memórias relacionadas com a revolução, e o Centro de Teatro da Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto estreará, também no Facebook, o 'web espetáculo de teatro' "Olhar fraterno - Tributo a Zeca Afonso".
Ainda no Facebook, entre sexta-feira e domingo, 12 artistas portugueses juntam-se no Festival Liv(r)e, com atuações na página d'A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria (MPGDP).
Clã, Galandum Galundaina e Pedro Mestre são alguns dos nomes deste festival coordenado pela MPGDP, pelo coletivo Camaleão e pela associação cultural 23 Milhas, de Ílhavo.
Tendo como ponto de partida o tema da liberdade, há outros artistas que estão a preparar uma canção "especialmente para esta data", refere a Bairro da Música, que agencia vários músicos portugueses.
São eles Jorge Palma, Zeca Medeiros, Joana Alegre, Blind Zero, Vicente Palma, Rui David, Pedro Moutinho e The Happy Mess, que vão atuar nas redes sociais na sexta-feira e no sábado.
Destaque ainda para a divulgação de um vídeo musical, no sábado, coordenado pelo Coral de Letras e pela Casa Comum da Universidade do Porto, com a participação de vários cidadãos a cantarem, individualmente, "Grândola Vila Morena".
O Teatro Viriato, em Viseu, terá uma programação comemorativa na sexta-feira e no sábado no SubPalco, o novo palco do teatro na Internet, e que conta, entre outros, com a participação de Aldina Duarte e Jorge Silva Melo.
As autarquias da Marinha Grande e da Amadora transmitirão concertos gravados de Paulo de Carvalho, intérprete de "E depois do adeus", outra das senhas da revolução.
Na Covilhã, a câmara municipal tem estado a partilhar na página no Facebook leitura de poemas alusivos à revolução e à liberdade. No sábado terá a circular pelo concelho uma viatura "com altifalante" a transmitir "poemas de abril".
A galeria de arte urbana Underdogs assinalará a efeméride com uma ideia colaborativa, de projeção de imagens no espaço público.
Segundo a Underdogs, convida-se "todas as pessoas que tenham um projetor vídeo em casa a projetar para a sua comunidade obras artísticas digitais de artistas que trabalham com a plataforma", nomeadamente Wasted Rita, AkaCorleone e Shepard Fairey.
Quem optar pela celebração em frente ao televisor, a RTP apresentará uma programação, a partir de sexta-feira, para recordar "o espírito de liberdade que invadiu o país e as várias figuras marcantes da revolução".
Além de filmes e documentários que recordam, por exemplo, Otelo Saraiva de Carvalho e Salgueiro Maia, dois dos protagonistas da revolução, destaque para a estreia, em televisão, do filme coletivo "As armas e o povo", documentário histórico rodado entre 25 de Abril de 1974 e 1 de maio de 1971.
Covid-19: Celebrar o 25 de Abril em casa, quando a pandemia impede a saída à rua
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