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Cotrim Figueiredo: "Estamos a discutir aquilo que devíamos ter feito há cinco anos"

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Em entrevista ao NOW o candidato à Presidência revelou qual seria a melhor medida para saúde, o que o distingue de Marques Mendes e como pretende conquistar o eleitorado abstencionista.

O candidato à Presidência, João Cotrim Figueiredo lamentou esta quarta-feira, em entrevista ao canal NOW, que ainda se esteja a "discutir aquilo que devíamos ter feito há cinco ou dez anos para evitar os problemas que temos hoje", dando como exemplo a "falta de professores e de habitação", e disse que o próximo Presidente da República precisa de ser alguém com "capacidade de saber que há determinadas decisões que têm de ser olhadas de frente". "Precisamos de alguém que tenha capacidade de reconhecer os problemas e de os entender e estar preparado para os discutir na qualidade de Presidente da República."

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Questionado sobre o que o destinge de Luís Marques Mendes, apoiado pelo PSD, esclareceu: "A capacidade de ser concreto, não ter medo de por soluções em que sejam realmente decididas e claras." E deu um exemplo: "Vimos um comentário [de Marques Mendes] sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS), pergunto se os portugueses perceberam qual é a ideia de Marques Mendes do que resolveria os problemas de saúde. Mais: se têm ideia de quais são os problemas do Serviço Nacional de Saúde."

Cotrim Figueiredo frisou ainda que é o "único candidato que fez um projeto para a saúde" e recordou que passou seis meses a estudar os serviços nacionais de saúde estrangeiros. "O melhor é dar às pessoas a possibilidade de escolherem o prestador de serviço e os cuidados de saúde que querem. Enquanto a saúde das pessoas não estiver relacionada com a remuneração dos profissionais e com o financiamento das entidades prestadoras de cuidados, o problema não se vai resolver."

Ainda assim, admite que os "principais adversários desta solução seriam os grupos privados de saúde". "Eles têm prosperado com as lacunas do SNS. Se o SNS estivesse a funcionar devidamente, não teriam metade da clientela que têm hoje."

O deputado do Parlamento Europeu disse ainda que espera conquistar os abstencionistas ao dizer que "ser otimista não é ignorar os problemas". 

Sobre como consegue fazer com que um jovem do Chega vote em si, respondeu: "Acho que os nossos jovens não são pouco capazes de discernir entre uma proposta concreta ou populista. E conseguem distinguir que é possível ser claro na resolução dos problemas e ter soluções para os ter."

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