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Costa quer "fazer o que ainda não foi feito" no interior do País

07 de setembro de 2019 às 22:18
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O secretário-geral do PS defendeu que se o País quer continuar a crescer, deve "fazer o que ainda não foi feito" e aproveitar a enorme reserva de recursos nos territórios de baixa densidade.

O secretário-geral do Partido Socialista,António Costa, defendeu este sábado que se o País quer continuar a crescer, deve "fazer o que ainda não foi feito" e aproveitar a enorme reserva de recursos nos territórios de baixa densidade.

"Estes territórios têm um enorme potencial que temos de saber aproveitar e valorizar", vincou, durante o comício doPartido Socialistarealizado em Vila Real.

Com um discurso focado no interior, o líder socialista explicou que percorreu recentemente os 739 km da Estrada Nacional 2 (N2), que liga Chaves a Faro, para "voltar a ver" um país que deixou de ser visto com a chegada das autoestradas o que confirmou a sua convicção sobre estes territórios.

Para António Costa, sePortugalpretende continuar a aproximar-se dos melhores países da União Europeia, deve "fazer o que ainda não foi feito".

"Onde há uma enorme reserva de recursos por aproveitar é nestes territórios de baixa densidade, e há uma enorme oportunidade para desenvolver o País", acrescentou.

O também primeiro-ministro defendeu que oGovernotem dado "prioridade à valorização de todos os instrumentos que possam valorizar estes recursos através do conhecimento".

Os "laboratórios colaborativos" e ou "centros tecnológicos" sediados no Instituto Politécnico de Bragança (IPB) ou na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), em Vila Real, são exemplos desso investimento no conhecimento.

"No IPB existe um laboratório colaborativo para aproveitar os recursos de montanha e para aproveitar os recursos endógenos da montanha e na UTAD focado na agricultura de precisão, porque sabemos bem que investindo melhor na gestão da água, na qualidade dos solos, na composição química dos tratamentos que fazemos, teremos produtos de maior qualidade e que gere maior rendimento a quem os produz", vincou.

Também o centro tecnológico para a vinha e o vinho, na UTAD, e o centro tecnológico da água, em Chaves, demonstram a necessidade de saber aproveitar melhor os recursos extraordinários da natureza, lembrou.

Segundo o líder socialista, na reprogramação dos fundos comunitários foram aumentadas em cinco mil milhões de euros as verbas destinadas às empresas que pretendam investir na sua modernização.

"Como sabemos que não é a mesma coisa ser uma empresa nos territórios de baixa densidade ou nos grandes centros urbanos, criámos ainda uma reserva de 1700 milhões de euros onde só podem concorrer as empresas que estão nos território de baixa densidade, porque é a essas que temos de dar um apoio especial e tratar com especial carinho, pois são essas que vão criar mais postos de trabalho que fixem os filhos, e atrair população", explicou.

Na abertura da campanha nacional do Partido Socialista, tendo em vista as eleições legislativas de 06 de outubro, que decorreu em Vila Real, discursaram ainda o presidente da Câmara Municipal de Vila Real, o também socialista Rui Santos, e o deputado da Assembleia da República pelo PS eleito por Vila Real, Ascenso Simões.

O Largo da Capela Nova na localidade transmontana encheu-se de apoiantes do partido, que acolheram com aplausos, gritos de ordem e bandeiras no ar, a chegada do líder.

Marcaram ainda presença, em Vila Real, o atual vice-presidente do Parlamento Europeu, Pedro Silva Pereira, e a secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, entre outras figuras do Partido Socialista no distrito.

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