"Um dos seus maiores contributos para a cultura portuguesa foi a forma como militantemente renovou o fado e o preparou para o futuro", evocou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro, António Costa, evocou com saudade Carlos do Carmo, que morreu hoje, recordando-o como "notável fadista" e "um grande amigo".
"Fazendo eco das palavras que cantou no 'Fado da Saudade': 'Mas com um nó de saudade, na garganta/ Escuto um fado que se entoa, à despedida' de um grande amigo", escreveu o primeiro-ministro, numa publicação na rede social Twitter.
António Costa sublinhou que Carlos do Carmo "não era só um notável fadista, que o público, a crítica e um Grammy consagraram".
"Um dos seus maiores contributos para a cultura portuguesa foi a forma como militantemente renovou o fado e o preparou para o futuro", evocou.
Com um percurso político ao PCP, Carlos do Carmo foi mandatário de António Costa na campanha de 2009 para a Câmara Municipal de Lisboa e participou igualmente num almoço de campanha do PS nas legislativas de 2015, em que recusou definir-se como simpatizante socialista, dizendo antes ser um apoiante de Costa.
O fadista Carlos do Carmo morreu hoje de manhã aos 81 anos no hospital de Santa Maria, em Lisboa, disse o filho Alfredo do Carmo à Lusa.
Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, Carlos do Carmo era filho da fadista Lucília do Carmo (1919-1998) e do livreiro Alfredo Almeida, proprietários da casa de fados O Faia, onde começou a cantar, até iniciar a carreira artística em 1964.
Vencedor do Grammy Latino de Carreira, que recebeu em 2014, o seu percurso passou pelos principais palcos mundiais, do Olympia, em Paris, à Ópera de Frankfurt, do 'Canecão', no Rio de Janeiro, ao Royal Albert Hall, em Londres.
Despediu-se dos palcos no passado dia 09 de novembro de 2019, com um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.
Costa evoca Carlos do Carmo como um "notável fadista" e um "grande amigo"
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A condenação do CSMP assenta na ultrapassagem das limitações estatutárias quanto à duração dos mandatos e na ausência de fundamentos objetivos e transparentes nos critérios de avaliação, ferindo princípios essenciais de legalidade e boa administração.
A frustração gera ressentimento que, por sua vez, gera um individualismo que acharíamos extinto após a grande prova de interdependência que foi a pandemia da Covid-19.