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Coronavírus: Mais 59 requerentes de asilo fizeram testes hoje à tarde em Lisboa

26 de abril de 2020 às 21:43
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Já hoje de manhã, tinham sido feitos testes a 78 requerentes de asilo, alojados na freguesia de Arroios.

Mais 59 requerentes de asilo, estes alojados numa residencial na zona de Sete Rios, em Lisboa, fizeram hoje o teste de despistagem à covid-19, disse o delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo à agência Lusa.

Segundo a mesma fonte, os testes foram feitos hoje à tarde, na Residencial Beirã, na Rua Professor Lima Basto, no âmbito da realização de testes à covid-19 relativamente a requentes de asilo que se encontram a aguardar decisão administrativa e judicial em alojamentos coletivos, sobretudo na área de Lisboa.

Já hoje de manhã, tinham sido feitos testes a 78 requerentes de asilo, alojados na Lisbon Bangla Guest House, na freguesia de Arroios. No local, foram também testados dois funcionários do 'hostel'.

Na sexta-feira, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita adiantou que o Governo iria promover a realização de testes à covid-19 relativamente a requentes de asilo que se encontram a aguardar decisão administrativa e judicial em alojamentos coletivos, sobretudo na área de Lisboa.

A mesma fonte do MAI acrescentou que nos próximos dias irão continuar a ser feitos testes de despistagem em outros alojamentos, no âmbito de uma "operação de prevenção".

No sábado, o delegado de saúde de Lisboa e Vale do Tejo tinha adiantado à Lusa que os testes de despistagem aos requerentes de asilo em Portugal já tinham começado a ser feitos e que tinham sido testadas cerca de 30 pessoas.

Na segunda-feira, a presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR), Mónica Farinha, disse à Lusa que o organismo está a acompanhar, atualmente, 950 requerentes de proteção, dos quais cerca de 800 se encontram em alojamentos externos aos serviços, em ‘hostels’ na cidade de Lisboa.

No dia anterior, um ‘hostel’ localizado na Rua Morais Soares, na freguesia de Arroios, foi evacuado devido a um caso positivo da doença.

A unidade, que foi entretanto desinfetada, albergava perto de 200 pessoas em cerca de 40 quartos, segundo as autoridades.

Posteriormente, os 171 migrantes que estavam hospedados no ‘hostel’ foram transportados para a Base Aérea da Ota, em Alenquer.

Destes requerentes de asilo, 136 testaram positivo à presença do novo coronavírus (SARS-CoV-2), sete com resultados inconclusivos e 26 com testes negativos.

No entanto, quando foram realizados os testes à covid-19 aos migrantes alojados no ‘hostel’, 25 não estavam presentes.

A pedido das autoridades sanitárias, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) realizou várias averiguações e, na quarta-feira, anunciou que tinha detetado 19 dos 25 cidadãos estrangeiros.

Dos seis desaparecidos, um foi localizado no Reino Unido, tendo o SEF precisado que terá saído de Portugal antes de ser detetado o caso de covid-19 no ‘hostel’.

Na sexta-feira, fonte do SEF indicou que continuam a ser feitas diligências para localizar os outros cinco migrantes desaparecidos.

De acordo com os dados do CPR, em 2019 pediram asilo cidadãos de cerca de 70 nacionalidades diferentes.

Os requerentes de proteção internacional estão, durante todo o procedimento, em situação regular em Portugal, segundo a legislação em vigor.

A Lei do Asilo estipula que o apoio social e de alojamento é assegurado apenas àqueles que se encontram em situação de carência económica, podendo este apoio cessar a qualquer momento, assim que se deixe de verificar os pressupostos dessa situação.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 204 mil mortos e infetou mais de 2,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Perto de 800 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 903 pessoas das 23.864 confirmadas como infetadas, e há 1.329 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

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