Secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola negou ainda os rumores que apontavam para um caso de infeção pelo novo coronavírus numa petrolífera em Angola e alertou para os perigos da desinformação.
O secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola garantiu, esta terça-feira, que Portugal não integra a lista de Estados sinalizados pelo executivo angolano devido ao surto do novocoronavírus, mas admite que é algo que pode mudar.
"Nesta fase, construímos, no âmbito da prevenção, linhas com restrição de alguns países, que são quatro: Irão, Coreia do Sul, Itália e China, com um critério único, que era a falha na contenção dos casos", começou por explicar Franco Mufinda, numa conferência de imprensa em Luanda.
Nesse sentido, o secretário de Estado admitiu que Portugal pode entrar nesta lista "se continuarem os casos a aumentar", garantindo que, por enquanto, este é um cenário que ainda não está em cima da mesa.
"Sabemos que temos bastante comunicação aérea com Portugal, acompanhamos também essa cadência epidemiológica e isso poderá ditar a entrada ou não entrada" na lista de países assinalados, referiu o governante.
Franco Mufinda acrescentou que as autoridades admitiram a restrição de viagens do Egito, mas que esta já foi retirada após terem constatado que "não havia uma evolução tão chamativa para ficarem nesse grupo".
O secretário de Estado negou os rumores que apontavam para um caso de infeção pelo novo coronavírus numa petrolífera em Angola, referindo que a comunicação não foi feita por uma fonte oficial e alertou para os perigos da desinformação.
"Estamos numa fase de bastante liderança com rumores. Há muito ruído na comunicação quanto à gestão de Covid-19", vincou o governante, garantido que as autoridades chegam a receber "acima de 15, 20 informações deste género" diariamente.
Nesse sentido, Franco Mufinda dirigiu-se à população e apelou que "cada um, a seu nível, tem de envidar um esforço" para evitar que a epidemia de Covid-19 afete o país.
O governante referiu que há 120 cidadãos em quarentena em dois centros.
"A maioria são chineses, residentes cá. Angolanos, devemos ter por aí cerca de 12, e um croata", enumerou o secretário de Estado.
Franco Mufinda explicou que destes há dois cidadãos chineses e um croata que estão a causar mais preocupação, uma vez que são os únicos que reúnem os principais sintomas.
O secretário de Estado assegurou também que "todos os hospitais provinciais estão preparados para receber" infetados com Covid-19.
A epidemia de Covid-19, provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.250 mortos.
Cerca de 117 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10 mil contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
A quarentena imposta pelo governo italiano ao Norte do País foi alargada a toda a Itália.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.
A China registou segunda-feira mais uma queda no número de novos casos de infeção, 19, face a 40 no dia anterior, somando agora um total de 80.754 infetados e 3.136 mortos, na China Continental.
Portugal regista 41 casos confirmados de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).
A DGS comunicou também que em Portugal se atingiu um total de 375 casos suspeitos desde o início da epidemia, 83 dos quais ainda a aguardar resultados laboratoriais.
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