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Ciclone Idai: Câmara de Lisboa concede apoio de 150 mil euros a Moçambique

20 de março de 2019 às 18:43
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A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou mais de 300 mortos. Há 30 portugueses desaparecidos na cidade da Beira.

A Câmara Municipal de Lisboa vai conceder um apoio de 150 mil euros a Moçambique, assim como disponibilizar o envio de equipas para apoio a necessidades básicas no terreno, na sequência da passagem do ciclone Idai, foi esta quarta-feira anunciado.

Em comunicado, a autarquia apela "à solidariedade de todos para com aquele país" e informa que definiu como pontos de recolha de donativos diversos quartéis do Regimento de Sapadores Bombeiros da cidade: D. Carlos I, Martim Moniz, Graça, Defensores de Chaves, Santo Amaro, Monsanto, Alvalade, Benfica, Marvila, Encarnação e Alta Lisboa.

O município nota ainda que, "de acordo com as autoridades moçambicanas, os donativos em géneros mais prioritários para as populações afetadas" são essencialmente medicamentos para infeções gastrointestinais e analgésicos, produtos alimentares enlatados com período de validade prolongado, produtos para o tratamento de água e produtos de higiene pessoal e limpeza de instalações.

A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabuéjá provocou mais de 300 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos.

Em Moçambique, o Presidente da República,Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil "estão em situação de risco", tendo decretado o estado de emergência nacional.

O país vai ainda cumprir três dias de luto nacional, até sexta-feira.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.

A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando tratar-se da "pior crise" do género no país.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, viajou para a Beira, onde dezenas de portugueses perderam casas e bens devido ao ciclone Idai, para acompanhar o levantamento das necessidades e o primeiro apoio às populações afetadas.

NoZimbabué, as autoridades contabilizaram pelo menos 100 mortos e mais de 200 desaparecidos, enquanto no Malaui as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.

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