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China na EDP e REN é risco limitado para a segurança, mas aumentou influência de Pequim

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 13 de maio de 2024 às 07:00

Livro reúne entrevistas a 22 figuras, da direção dos serviços secretos a Passos Coelho, João Galamba e Henrique Gomes. Investigador Tiago Luís Carvalho indica que os riscos mais extremos da presença estatal chinesa na energia são alvo de controlos eficazes, mas nota o aumento da influência de Pequim e a ausência de benefícios económicos para Portugal.

Os investimentos de empresas estatais chinesas no setor da energia em Portugal não trouxeram um risco assinalável de corte no abastecimento em caso de conflito entre a China e a Europa, mas também não geraram "alterações benéficas" na capacidade económica do país e criaram riscos importantes, como a maior influência de Pequim na política externa portuguesa. As conclusões estão em Segurança económica portuguesa: o caso do investimento chinês no setor elétrico, livro do investigador Tiago Luís Carvalho, apresentado hoje em Lisboa. A obra conta com entrevistas a 22 figuras como Pedro Passos Coelho, João Galamba, Henrique Gomes, a direção dos serviços secretos (SIS) e vários académicos e gestores, que assumem as suas posições – por vezes contundentes – sobre o investimento da China neste setor estratégico e as privatizações.

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