Taxa de desemprego foi de 5,6% no segundo trimestre, abaixo do primeiro trimestre e do período homólogo, enquanto a população inativa aumentou para 3,8 milhões de pessoas.
A CGTP afirmou hoje que os dados do desemprego divulgados pelo INE "não refletem o grande aumento verificado" no segundo trimestre e exigiu ao Governo "medidas efetivas de relançamento da economia" como a proibição dos despedimentos.
"Os dados hoje divulgados não refletem o grande aumento verificado, já que, apesar da gradual reabertura da atividade económica, muitos desempregados não são assim classificados pelo INE [Instituto Nacional de Estatística] pelo facto de não fazerem diligências para procurar emprego, um fenómeno que tem atualmente maior relevância devido às restrições à mobilidade associadas à pandemia ocorridas no período em análise", pode ler-se no comunicado da intersindical.
A CGTP refere que no segundo trimestre estimam-se "749 milhares de pessoas nessa situação (mais 11% do que no ano passado) e que a taxa correspondente (taxa de subutilização do trabalho) fosse de 14%, também superior quer ao trimestre anterior (12,9%), quer ao homólogo (12,4%)", salientando que "as mulheres são particularmente afetadas, com uma taxa de 15,3% face aos 12,7% entre os homens".
Além disso, segundo a central sindical, "pouco mais de 1/3 do número real de desempregados tem acesso à proteção no desemprego, sendo o valor médio das prestações de desemprego de apenas 507 euros, pouco acima do limiar de pobreza".
Face a esta situação a CGTP exige "medidas efetivas de relançamento da economia, que rompam com a política laboral de direita, que passam nomeadamente pelo reforço do investimento público, pelo pagamento integral dos salários aos trabalhadores, pela proibição dos despedimentos e pela estabilidade no emprego, pela efetivação do direito à contratação coletiva e pelo reforço da proteção social no desemprego".
A taxa de desemprego foi de 5,6% no segundo trimestre, abaixo do primeiro trimestre e do período homólogo, enquanto a população inativa aumentou para 3,8 milhões de pessoas, na maior variação desde 2011, segundo o INE.
De acordo com o INE, entre abril e junho, "a taxa de desemprego foi 5,6%, valor inferior em 1,1 pontos percentuais ao do trimestre anterior [6,7%] e em 0,7 pontos percentuais ao do trimestre homólogo de 2019 [6,3%]".
Já a população inativa (com 15 e mais anos) fixou-se em 3.886,7 mil pessoas no segundo trimestre, mais 5,7% face ao trimestre anterior e 7,5% em relação ao mesmo período de 2019, referindo o INE que "nunca antes, na série de dados iniciada em 2011, se havia registado variações trimestrais e homólogas tão elevadas".
A taxa de inatividade das mulheres (48,2%) excedeu a dos homens (38,5%), ambas aumentando nas variações trimestral e homóloga.
O INE justifica com o "aumento da população inativa que, embora disponível, não procurou trabalho, estimada em 312,1 mil pessoas", um aumento de 87,6% em relação ao trimestre anterior (145,7 mil pessoas) e de 85,6% relativamente ao período homólogo (143,9 mil pessoas).
Ainda segundo o INE, este aumento da população inativa deve-se, em parte, por 41,8% dos desempregados no primeiro trimestre terem transitado para a situação de inatividade no segundo trimestre.
O INE explica ainda que é este fluxo (de desempregados que passam a inativos) que explica "fundamentalmente" a redução da taxa de desemprego no segundo trimestre, "movimento que poderá ser invertido pela maior facilidade de mobilidade e interação social, e consequente procura de emprego, como indicia o aumento da taxa de desemprego de junho já publicada [7%]".
CGTP diz que dados do desemprego não refletem "o grande aumento" e pede medidas
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.
Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.
"Representa tudo o que não sei como dividir. As memórias, os rituais diários, as pequenas tradições. Posso dividir móveis e brinquedos, mas como divido os momentos em que penteava o cabelo da Ema todos os dias enquanto ela se olhava no espelho?"
No meio da negritude da actualidade política, económica e social em Portugal e no resto do Mundo, faz bem vislumbrar, mesmo que por curtos instantes, uma luz.