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Acção na noite passada assinalou terceiro dia de greve dos profissionais de saúde
Cerca de mil pessoas juntaram-se esta noite em frente à Câmara Municipal do Porto, numa vigília organizada pelos enfermeiros, naquele que foi o terceiro dia de greve destes profissionais de saúde.
"O nosso objectivo é mostrar ao país que estamos descontentes", disse à Lusa a enfermeira e organizadora do evento Áurea Ferreira de 42 anos, 22 dos quais a trabalhar no Hospital S. João no Porto, que esta noite envergava uma 't-shirt' com a palavra "Basta".
Em frente à câmara, e perto de uma tarja colocada no chão com a mensagem "Juntos somos mais fortes", a organizadora explicou que aquele local "estratégico" foi escolhido para a vigília por ser "central" e para "a própria população ter noção que a enfermagem está descontente".
A enfermeira disse que desde que entrou na profissão, em 1995, até hoje, recebeu um aumento salarial de 54 euros.
Segundo Miguel Castro, de 39 anos, enfermeiro especialista em reabilitação no Centro Hospitalar do Alto Ave, que hoje se juntou à vigília, estes profissionais apenas querem o que é justo, que é terem "uma carreira" e os seus direitos, que já foram acordados.
"Queremos ter os direitos em termos de vencimentos, como licenciados que somos, como especialistas que somos, em termos de progressão da carreira. Porque se a função pública tem progressão na carreira, nós também temos que ter. O meu ordenado são 1201 euros, que é o estipulado, independentemente de ser especialista e licenciado. Recebo isto desde sempre, nunca sofri um aumento", explicou o profissional com dez anos de experiência.
Ainda sobre a actual greve, Miguel Castro afirmou ser "um orgulho" ver todos os que estão na "luta", os que estão a cumprir os serviços mínimos dos hospitais e deixou uma mensagem àqueles que não aderiram à greve, lembrando que estão ali a "lutar por todos" e que "precisam de unificar a enfermagem".
"[A mensagem] para o Governo é que nos oiçam, que sejam correctos e sinceros com a nossa profissão. Toda a gente tem direito a ser ouvida, nós como enfermeiros temos de ser ouvidos", concluiu.
O presidente do Sindicato dos Enfermeiros (SE), José Correia Azevedo, também marcou presença na manifestação, proferindo críticas ao Ministério da Saúde e ao Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP).
"O senhor ministro ensaiou um golpe de desespero, que foi chamar outro sindicato, o SEP, para fazer uma manobra de diversão para sabermos que estavam a negociar. Só que nós tínhamos uma garantia do chefe de gabinete do Secretário de Estado, a 16 de Agosto, que nos dizia que o SEP não estava a negociar com o ministério. Antes de entrarem em negociações pusemos isso a circular, o que quer dizer que desmontamos a farsa, porque depois disseram que a negociação era inconclusiva", acusou o sindicalista de 79 anos.
José Correia Azevedo explicou que o SEP não tem qualquer projecto, enquanto que o seu sindicato tem um acordo colectivo, não tendo qualquer dúvida que esse projecto "é o que faz falta à enfermagem", e relembrou que fez um convite directo ao outro sindicato para constituir uma mesa única, que foi recusado.
"O problema é que eles não quiseram aderir, e como nós não temos unicidade sindical em Portugal, o que acontece é que nós negociamos uma coisa para os nossos sócios, eles negoceiam para os deles. Nós outorgamos o nosso projecto, eles outorgam os deles", disse.
Cerca de mil pessoas presentes em vigília pela enfermagem no Porto
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