O vereador do CDS-PP na Câmara de Lisboa João Gonçalves Pereira questionou hoje o ajuste directo para a aquisição de cartolas a distribuir na passagem de ano, lamentando que Fernando Medina ainda não se tenha pronunciado sobre o caso
O vereador do CDS-PP na Câmara de Lisboa João Gonçalves Pereira questionou hoje o ajuste directo para a aquisição de cartolas a distribuir na passagem de ano, lamentando que Fernando Medina ainda não se tenha pronunciado sobre o caso.
Em declarações à agência Lusa, João Gonçalves Pereira manifestou-se "estupefacto e apreensivo com todo este processo das cartolas" e com a "forma como tem vindo a desenrolar-se".
"Para o CDS, faltam aqui esclarecimentos por parte da Câmara, no sentido de explicar e dar informação, e disponibilizar o contrato que foi celebrado com uma empresa de cervejas no âmbito de um patrocínio", afirmou o vereador.
Para o centrista, deveria também ser divulgado "o caderno de encargos que levou ao ajuste directo destas 30 mil cartolas".
"Impõe-se um esclarecimento que até agora não foi dado e achamos estranho que o próprio presidente da Câmara Municipal de Lisboa [o socialista Fernando Medina] estivesse estão disponível para oferecer as cartolas, mas não esteja disponível para prestar esclarecimentos e para fornecer informação", salientou.
De acordo com o jornal i, a Empresa Municipal de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural de Lisboa (EGEAC) terá gasto 46.500 euros, mais IVA, num total de 57 mil euros, na compra de 30 mil cartolas para a passagem de ano na Praça do Comércio, por ajuste directo à empresa Whitespace.
Citando fonte do gabinete de comunicação da EGEAC, o jornal Público refere que a despesa com a distribuição destes chapéus faz parte de um patrocínio no valor de 200 mil euros por parte da marca de cerveja.
A mesma fonte adiantou ao jornal que "o dinheiro saiu do orçamento da EGEAC num primeiro momento, valor esse que foi coberto 'a posteriori' pelo patrocinador".
Gonçalves Pereira quer saber também "por que razão foi escolhida aquela empresa", apontando que "não é uma fábrica que produz cartolas", mas sim "uma empresa de 'design'", constituindo assim "um mero intermediário".
Gonçalves Pereira questionou ainda a ligação de "um ex-autarca socialista" a esta empresa.
"Estamos aqui numa situação em que anda de mãos dadas aquilo que é o abuso e o absurdo", advogou o autarca, considerando tratar-se de "uma decisão que revela uma enorme infantilidade".
A "justificação de que a Câmara queria fazer uma surpresa aos lisboetas" não convence Gonçalves Pereira, uma vez que "a surpresa foi antecipada com os lisboetas a saberem que os cofres da Câmara vão ter de gastar quase 60 mil euros em cartolas".
O vereador quer saber também "quem decidiu a questão das cartolas", uma vez que, se foi "o patrocinador que impôs à EGEAC aquelas cartolas", houve "uma violação da lei", porque a empresa "não pode ter uma receita de um patrocínio e depois fazer uma consignação de receita para um determinado fim".
João Gonçalves Pereira vincou ainda que "o CDS não tem nada contra a existência de uma festa de fim de ano", elencando que "deve haver festa sim, bandalheira não".
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