Sábado – Pense por si

Carlos Silva: não ao corte nas pensões

01 de junho de 2015 às 10:12
As mais lidas

Em Esposende, o líder da UGT foi taxativo na defesa dos direitos dos pensionistas

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, afirmou hoje que aquela central sindical é "liminarmente contra" o corte nas pensões, sublinhando a necessidade de encontrar fontes de financiamento alternativas para assegurar a sustentabilidade da Segurança Social.

 

"Aí [nas pensões] não se mexe", referiu Carlos Silva, que falava à Lusa em Esposende, no final de um encontro nacional de jovens, organizado pela Comissão de Juventude da UGT, em parceria com o Centro de Formação Sindical e Aperfeiçoamento Profissional.

 

O dirigente sindical vincou que o dinheiro da Segurança Social "não é dos governos, mas sim dos trabalhadores", para acrescentar que os executivos não podem socorrer-se "a todo o momento" daquele cofre para acudir a momentos de emergência nacional.

 

Afirmando-se consciente de que há um défice na Segurança Social (SS), de cerca de 30% ao ano, Carlos Silva reconheceu é preciso "encontrar soluções" para o problema.

 

"O PSD propõe um corte de 600 milhões de euros em 2016, mas nós não estamos de acordo que se mexa nos cofres da Segurança Social. A UGT é liminarmente contra", reiterou.

 

Para o líder da UGT, é necessário avançar para a "construção de uma solução", em Concertação Social, no quadro de um "amplo debate" entre os partidos e os parceiros sociais.

 

"Mas só depois das legislativas, não num clima de campanha eleitoral", disse ainda.

 

A UGT reivindica uma "gestão tripartida" da Segurança Social, que envolva Governo, trabalhadores e patrões.

 

Em relação a uma notícia publicada da edição de hoje do jornal Público, que refere que, segundo a Comissão Europeia, em 2025 a pensão dos portugueses corresponderá a menos de 45% do salário e em 2060 a pouco mais de 30%, Carlos Silva afirmou que são números que "assustam" e que "obrigaram os parceiros sociais a sentarem-se à mesa".

 

"Afinal, andámos a descontar para quê? Para sustentar o quê? As gorduras do Estado'", insurgiu-se.

 

O líder da UGT sublinhou que os portugueses merecem ter uma "pensão digna, equivalente ao esforço que fizeram numa longa carreira contributiva".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.