As regras podem ser alteradas e incluem "medidas excepcionais de controlo do ruído" e a proibição de vender bebidas na rua após as 21 horas
A Câmara do Porto analisa na terça-feira alterações ao regulamento da movida da Baixa, com "medidas excepcionais de controlo do ruído" e a proibição de vender bebidas na rua ou para a via pública a partir das 21:00.
A proposta que vai ser votada em reunião camarária, a que a Lusa teve hoje acesso, é da autoria do vereador do Comércio e Turismo, Manuel Aranha, chega ao executivo depois de uma consulta pública de 30 dias e alarga a zona das regras da "movida" nocturna.
Entre as alterações contempladas no documento, que pretende compatibilizar a animação nocturna com o descanso dos moradores, inclui-se um "agravamento das sanções acessórias" em casos de incumprimento de regras e a consagração "da obrigatoriedade de adesão ao serviço de recolha selectiva de resíduos disponibilizado pelos serviços municipais".
Este "sistema de recolha selectiva de resíduos porta a porta" da autarquia pretende "diminuir a carga dos equipamentos existentes e melhorar as condições de limpeza urbana, em horários que não coloquem em causa o direito ao descanso".
"Os estabelecimentos localizados na zona da movida são obrigados a utilizar o sistema de deposição de resíduos urbanos, indiferenciada e selectiva, disponibilizado pelo município", descreve o novo regulamento.
A câmara passa também a proibir a deposição de quaisquer resíduos "fora dos horários" que venha a definir e que vai divulgar "na página institucional do município".
A partir das 21:00 é proibida "a venda de bebidas na via pública na zona da movida", sendo também, após essa hora, vedada aos estabelecimentos localizados na Movida "a venda de bebidas para posterior consumo na via pública".
Para além disso, a proibição de circulação e estacionamento na zona da movida é alargada até às 08:00.
O horário de encerramento das esplanadas é alargado em uma hora, entre 1 de Abril e 31 de Outubro, ao mesmo tempo que é criado "um grupo de estabelecimentos com horário livre", no caso de não venderem bebidas alcoólicas.
A Câmara do Porto aprovou em Janeiro de 2016 uma proposta para rever o regulamento da "movida" da cidade, depois de identificar, no documento, "várias questões de pormenor que urge serem alteradas", com vista "à sua melhor adequação à realidade que se pretende regular".
O regulamento, publicado em Diário da República seis meses antes, previa um agravamento das coimas no caso de infracções e a imposição de limitadores de potência sonora nos estabelecimentos de diversão nocturna concentrados na zona da Baixa da cidade, nomeadamente nas imediações dos Clérigos, Galerias de Paris e praças Guilherme Gomes Fernandes e dos Leões.
Desde 2010 que a autarquia tenta conciliar a animação nocturna com o descanso dos moradores, sem que estes tenham deixado de se queixar de incumprimentos, dos estabelecimentos e do ruído feito pelos noctívagos na via pública, algumas vezes já depois do encerramento dos bares.
Bares no Porto podem ser impedidos de vender bebidas para a rua
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.