O Barco Moliceiro foi incluído na Lista de Património Imaterial em Necessidade de Salvaguarda Urgente da UNESCO. Autarca de Aveiro fala em “momento histórico”.
Foi a partir de Nova Deli, na Índia, que o Comité Intergovernamental da Convenção da UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial decidiu incluir o Barco Moliceiro na Lista de Património Imaterial em Necessidade de Salvaguarda Urgente da UNESCO.
Barco Moliceiro na Murtosa (2023)DR
A embarcação tradicional de madeira fica, a partir desta terça-feira, inscrita como “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro”, sucedendo nesta categoria à Manufatura de chocalhos” (2015) e ao “Processo de Confeção da Louça Preta de Bisalhães” (2016). Segundo a Comissão Nacional da UNESCO, é, no entanto, o 12.º elemento português reconhecido pela UNESCO como Património Cultural Imaterial, após expressões culturais como o Fado, o Cante Alentejano, o Figurado de Barro de Estremoz ou o Carnaval de Podence.
Citado pela agência Lusa, o presidente da Câmara de Aveiro, Luís Souto, afirmou que este é "momento histórico para a região de Aveiro e para Portugal". "Este reconhecimento internacional reforça aquilo que sempre defendemos: o moliceiro é uma expressão singular da nossa identidade, fruto do talento e dedicação de gerações de Mestres construtores que mantêm viva a arte da carpintaria naval da Ria", referiu o autarca, também vice-presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA). Foi, aliás, a CIRA o principal promotor deste processo, em colaboração com mestres construtores, pintores, municípios da região, entidades culturais, educativas e operadores turísticos ligados à ria, contando com o apoio técnico da empresa IPDT -- Instituto Português de Desenvolvimento do Turismo.
Os moliceiros - cujo nome tem origem no transporte do moliço - destacam-se pelas coloridas pinturas e legendas com temas tão variados como o erotismo ou a religião e têm, em média 15 metros de comprimento. Com capacidade para transporte de cinco toneladas, têm um fundo plano que permite navegar em águas por onde não passam barcos de quilha.
Na década de 70 do século XX estavam registados três mil barcos moliceiros a operar na ria de Aveiro. Atualmente, subsistem apenas 50 embarcações, metade das quais afetas à exploração turística nos canais urbanos da ria.
Com Lusa
Barco Moliceiro junta-se à lista de Património Cultural Imaterial da UNESCO
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Num debate político talvez valesse a pena fazer uma análise de quem tem razão, quem conhece melhor o país, quem apresenta soluções exequíveis no âmbito dos poderes presidenciais, quem fala dos aspectos éticos da política sem ser apenas no plano jurídico.
De qualquer maneira, os humanos, hoje, no século XXI, são já um mero detalhe em cima da Terra. Hoje há bilionários, máquinas e os anexos – os biliões de humanos que por aqui andam.