Demissão ocorre depois do mundo do jazz ter registado pelo menos 80 denúncias de assédio sexual.
Um professor da Escola de Jazz de Leiria cessou funções na Escola e enquanto músico de uma orquestra em desacordo com a "posição" da Associação Jazz de Leiria, que manteve o silêncio acerca de denúncias de assédio que envolvem o seu presidente, César Cardoso. A notícia foi avançada pelo Jornal de Leiria.
AP Photo/Rebecca Blackwell
"Não me revendo na posição que a AJL — Associação Jazz de Leiria - adotou, sinto-me obrigado a cessar todas as minhas funções para com esta entidade", escreveu na terça-feira Paulo Jorge Batista Santo numa história do Instagram "Abandonei assim o cargo de vogal da direção, músico da Orquestra Jazz de Leiria e professor na Escola Jazz de Leiria."
De acordo com o relatado nas redes sociais nas últimas semanas, César Cardoso é um dos professores que há dois anos foi afastado da escola de jazz, Hot Clube de Portugal, por uma "situação de assédio".
A demissão de Paulo Santo surge depois de uma semana marcada por quanse uma centena de denúncias sobre alegados abusos sexuais no mundo do jazz, partilhadas pela primeira vez nas redes sociais pela DJ Liliana Cunha. Primeiramente, o pianista de jazzJoão Pedro Coelho foi denunciado por violação. A seguir a este caso, sucederam-se outros relatos de assédio no mundo do jazz contra professores.
João Pedro Coelho fez parte do corpo docente do Hot Clube de Portugal, mas acabou por "cessar funções como professor da escola no ano letivo 2022/23", indicou a escola de jazz em comunicado. Além deste caso, ocorreram ainda outras "duas situações de assédio" entre 2021 e 2022. Neste ano letivo, as denúncias terão recaído sobre César Cardoso e Daniel Bernardes.
Segundo a agência Lusa, já foram identificadas 27 pessoas do meio artístico no âmbito de denúncias de assédio, abuso, violação e agressão recebidas após a denúncia contra João Pedro Coelho. Ao todo já foram realizadas pelo menos 79 denúncias.
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