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De acordo com Duarte Gomes, o árbitro da partida de domingo "nunca poderia ter terminado com o jogo naquele momento, porque há um protocolo a seguir".
O antigo árbitro internacional Duarte Gomes afirmou hoje que Luís Godinho, o juiz que dirigiu o jogo Vitória de Guimarães-FC Porto, "cumpriu com o que está estipulado" pela FIFA, perante os alegados insultos racistas dirigidos a Moussa Marega.
"O jogo já estava interrompido para assistência a um jogador do FC Porto e, nesse momento, já o árbitro se tinha dirigido ao delegado da Liga para que se tomassem providências para terminar com aqueles insultos e cânticos, caso contrário o jogo já não se retomava", começou por dizer Duarte Gomes à agência Lusa.
O antigo árbitro internacional referiu que Luís Godinho "cumpriu com o que está estipulado" pela FIFA, "com exceção de uma coisa só": "É necessário haver um anúncio público do 'speaker' do estádio, a apelar ao 'fair-play' e ao fim daqueles comportamentos. Isso é o que pedem todas as instruções da FIFA e que as confederações nacionais têm de obedecer."
De acordo com Duarte Gomes, o árbitro da partida de domingo "nunca poderia ter terminado com o jogo naquele momento, porque há um protocolo a seguir".
"Há três passos que a FIFA pede que sejam cumpridos nestas situações. O primeiro é interromper o jogo, se for caso disso, ou não permitir que ele recomece, e fazer um anúncio público a dizer que as pessoas têm de parar com aquele comportamento. O segundo, depois de o jogo ser retomado, é parar o jogo e mandar as equipas para os balneários durante cinco ou 10 minutos e há um novo anúncio a solicitar às pessoas que tenham um comportamento adequado. Por último, se continuarem, o árbitro termina o jogo em definitivo e é pedido às pessoas que saiam de forma ordeira do estádio", explicou à Lusa.
Duarte Gomes considerou que a atitude de Marega criou "um efeito surpresa" e que serviu para "despertar consciências" relativamente a algo que "acontece quase todos os fins de semana, por todo o país, pelas dezenas de milhar de jogos distritais e amadores".
O ex-árbitro apontou a celeridade dos processos como um dos problemas existentes e que "se não há uma punição rápida e firme, o efeito não é preventivo nem dissuasório".
No domingo, em Guimarães, durante um jogo da 21.ª jornada da I Liga de futebol entre o Vitória de Guimarães e o FC Porto, o avançado maliano dos 'dragões' Moussa Marega abandonou o jogo, após ter sido alvo de cânticos e insultos racistas por parte de adeptos da equipa minhota.
Vários jogadores do FC Porto e do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo, tendo acabado por ser substituído, numa altura em que os 'dragões' venciam por 2-1, resultado com que terminou o encontro.
Ao abandonar o relvado, Marega apontou para as bancadas do recinto vimaranense, com os polegares para baixo, numa situação que originou uma interrupção de cerca de cinco minutos.
Na sequência do sucedido, o Ministério Público já instaurou um inquérito relacionado com os cânticos e insultos racistas dirigidos ao futebolista, que está "em investigação" pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Guimarães, informou hoje a Procuradoria-Geral da República.
Vários responsáveis políticos, como o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e o primeiro-ministro, António Costa, já condenaram o episódio.
Árbitro "cumpriu o estipulado" no jogo de Guimarães
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