NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
NEWSLETTER EXCLUSIVA PARA ASSINANTES Para que não lhe escape nada, todos os meses o Diretor da SÁBADO faz um resumo sobre o que de melhor aconteceu no mês anterior.
Candidata presidencial considera que tem sido o "poder local" o grande responsável pelo desenvolvimento do país e que o atual Presidente da República está a fazer com que Portugal perca oportunidades.
A candidata presidencial Ana Gomes acusou hoje o Presidente da República de boicotar uma política de regionalização em Portugal e defendeu uma organização administrativa que dê autonomia ao poder regional e local.
"Portugal tem estado a perder oportunidades por não ter uma política de regionalização, que tem sido boicotada, designadamente pelo atual Presidente da República", apontou Ana Gomes após a visita à Eurocidade Chaves-Verín, que junta o concelho de Chaves, no distrito de Vila Real, e o concelho de Verín, na Galiza, Espanha.
Para a ex-eurodeputada, Portugal não tem "uma organização administrativa que favoreça o poder regional e que dê autonomia ao poder regional".
"Sem dúvida que tem sido o poder local que tem desenvolvido o nosso país, uma grande consequência do poder democrático é o poder local e regional que está a permitir ao Governo e poder central ser eficaz até na distribuição dos apoios aos mais vulneráveis da pandemia [de covid-19], pois é o poder local que sabe quem são as pessoas que precisam de apoio para o pagamento de rendas, medicamentos ou ajuda alimentar", sustentou.
"É o tempo de confiarmos mais competências e meios ao poder local para fazerem a diferença no desenvolvimento estratégico do país, isso é essencial para repovoarmos os territórios do interior e ajudarmos os que cá estão e não desistem. As pessoas não baixam os braços e temos que reorganizar o país administrativamente para ajudar estas pessoas", acrescentou.
Ana Gomes salientou que a regionalização é uma das razões da sua candidatura, sendo sua intenção levar o assunto para os debates e depois "fazer a diferença" em caso de eleição nas presidenciais.
Lembrando o acesso aos fundos europeus, quer do novo quadro comunitário de apoio, quer com a chamada ‘bazuca europeia’ contra a crise provocada pela pandemia de covid-19, Ana Gomes destacou que fará "toda a diferença" a existência de uma "entidade regional com competência para fazer a identificação do que é estratégico para a região e fazer essas sinergias".
"Bem sei que há as CCDR’s [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional], mas não têm a capacidade de interação como têm as juntas autonómicas em Espanha", frisou.
Para a candidata presidencial há "um potencial tremendo a explorar" que passa pela regionalização e a "coordenação entre as autoridades".
"É ridículo pensar que o nosso país continua desequilibrado para o litoral e não entende a centralidade do interior", disse ainda.
Durante a manhã em Chaves, Ana Gomes visitou duas empresas que apostam na exportação e que se instalaram recentemente no concelho, a empresa francesa de metalomecânica Metalome e a empresa de extrusão de alumínio, Sistemas Delfin.
A ex-eurodeputada elogiou a visão dos empresários mas também "o grande apoio do município" para captar o investimento.
"Disseram-me que se instalaram aqui graças à rápida intervenção e apoio do município, como por exemplo para identificar o terreno necessário, e a facilidade de recrutamento de trabalhadores capazes. São duas demonstrações do potencial do interior e ambos disseram que estar perto da fronteira é fator decisivo", explicou.
Ana Gomes acusa Marcelo de boicotar política de regionalização em Portugal
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.