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Açores detetam caso de infeção por Monkeypox em utente não residente

Quando se deslocou aos serviços de saúde, o utente já estava "numa fase final da doença, com risco controlado".

Os Açores detetaram um caso de infeção pelo vírus Monkeypox (mpox), numa pessoa não residente, e a região está a monitorizar os contactos próximos, revelou esta sexta-feira o diretor regional da Saúde, Pedro Paes.

REUTERS/Lukas Barth/File Photo

"As autoridades encetaram todos os devidos procedimentos de vigilância e investigação epidemiológica com os contactos próximos e foram despoletadas todas as ações necessárias", afirmou Pedro Paes, em declarações à agência Lusa.

A notícia foi avançada pela Antena 1/Açores e o diretor regional da Saúde confirmou que a região detetou um caso de infeção pelo vírus Monkeypox.

Segundo Pedro Paes, o utente não era residente nos Açores, "já teria contraído a doença quando chegou" e "já abandonou a região".

Quando se deslocou aos serviços de saúde, já estava "numa fase final da doença, com risco controlado".

"Prontamente respondemos e controlámos e mantemos ainda a necessária vigilância epidemiológica", reforçou o diretor regional.

A monitorização dos contactos próximos ainda está a decorrer, mas até ao momento não foram confirmados novos casos de contágio nos Açores.

A direção regional da Saúde divulgou recentemente nas suas redes sociais informação sobre as condições de elegibilidade para a vacinação contra a mpox.

Pedro Paes adiantou que os grupos de risco, "pessoas envolvidas em atividades sexuais não protegidas, com múltiplos parceiros", podem "contactar os serviços de saúde do hospital ou unidade de saúde" para se vacinarem.

Questionado sobre a adesão à vacinação contra a mpox, o diretor regional disse não ter esses dados, mas assegurou que há "vacinas disponíveis para serem administradas aos utentes que assim o desejem".

A prevenção desta infeção "tem muito a ver com os comportamentos", explicou Pedro Pais, lembrando que "há um maior risco de contração desta doença em atividades de cariz sexual não protegidas".

"Aconselhamos a que, detetando alguma situação fora do comum -- estamos a falar do aparecimento de uma erupção cutânea, borbulhas, digamos assim, de forma súbita, não esperada, devem recorrer ao médico assistente", apelou.

O primeiro caso de infeção pelo vírus Monkeypox nos Açores ocorreu em agosto de 2022 num utente que também era turista.

A epidemia de mpox, causada por um vírus da mesma família da varíola, manifesta-se principalmente com febre alta e pelo aparecimento de lesões na pele conhecidas como vesículas.

Identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo, em 1970 (então Zaire), a doença ficou por muito tempo confinada a cerca de dez países africanos.

O vírus, endémico há muito tempo na África Central, cruzou fronteiras em maio de 2022, quando o clado 2 se espalhou pelo mundo.

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