Sábado – Pense por si

A nova vida dos deputados que deixam São Bento

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 20 de outubro de 2019 às 20:10

Arranjar emprego, retomar o velho, aprender os horários escolares dos miúdos, esvaziar o gabinete, fazer o luto, receber chamadas de despedida: e custa, dizem eles.

O que fazer com o tempo livre que agora sobra? A resposta de Hélder Amaral, no dia em que a SÁBADO o contactou, foi desconcertante:"Bem, ainda há bocado disse à minha filha [que tem 16 anos], ‘bem, agora vamo-nos conhecer’." O centrista, cabeça de lista por três vezes por Viseu pelo CDS, que desde os 18 anos era ativista, que sempre esteve ligado à política, era o único deputado do partido presidente de uma comissão parlamentar (a de Economia) e vice-presidente da bancada, não foi eleito pelo seu distrito e abandonou todos os cargos partidários.

Para continuar a ler
Já tem conta? Faça login

Assinatura Digital SÁBADO GRÁTIS
durante 2 anos, para jovens dos 15 aos 18 anos.

Saber Mais
No país emerso

Justiça para José e Nívia Estevam

A resposta das responsáveis escola é chocante. No momento em que soube que o seu filho sofrera uma amputação das pontas dos dedos da mão, esta mãe foi forçado a ler a seguinte justificação: “O sangue foi limpo para os outros meninos não andarem a pisar nem ficarem impressionados, e não foi tanto sangue assim".

Os portugueses que não voltaram

Com a fuga de Angola, há 50 anos, muitos portugueses voltaram para cá. Mas também houve quem preferisse começar uma nova vida noutros países, do Canadá à Austrália. E ainda: conversa com o chef José Avillez; reportagem numa fábrica de oxigénio.