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21 reclusos em greve de fome no Estabelecimento Prisional de Monsanto

A direção-geral adiantou que reclusos que estão a cumprir o protesto estão a ser acompanhados pelos serviços clínicos, sem que, até ao momento, apresentem qualquer problema de saúde.

Alexandre Azevedo/Sábado

Vinte e um reclusos estão hoje em greve de fome na cadeia de Monsanto, um protesto que se iniciou na segunda-feira para exigir melhores condições no estabelecimento prisional, confirmou a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

Segundo a DGRSP, um total de 30 detidos do Estabelecimento Prisional de Monsanto, em Lisboa, preencheram o boletim de início de greve de fome à primeira refeição na segunda-feira, com nove a desistirem entretanto, mantendo-se hoje 21 reclusos em protesto.

Uma carta aberta dos reclusos enviada a várias entidades, a que a Lusa teve acesso, indicava que eram 40 os detidos que entraram em greve de fome.

A direção-geral adiantou que reclusos que estão a cumprir o protesto estão a ser acompanhados pelos serviços clínicos, sem que, até ao momento, apresentem qualquer problema de saúde.

A DGRSP referiu que os reclusos reclamam de "algumas das regras que decorrem da regulamentação do regime de segurança em que se encontram" e exigem mais atividades e ocupação para além das que já usufruem, como ginásio, desporto ao ar livre com acompanhamento de professor, escola, atividade laboral e acesso aos livros que podem requisitar da biblioteca.

Protestam também da assistência médica e medicamentosa que lhes é prestada, sendo que o Estabelecimento Prisional de Monsanto tem, para um universo de cerca de 70 reclusos, três médicos, dois psicólogos, um psiquiatra, um nutricionista, um farmacêutico e oito enfermeiros, indicou a direção-geral.

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