Sábado – Pense por si

Empreiteiro de obra vizinha assumiu responsabilidade de derrocada de prédio em Lisboa

Lusa 31 de março de 2025 às 20:51
Capa da Sábado Edição 19 a 25 de agosto
Leia a revista
Em versão ePaper
Ler agora
Edição de 19 a 25 de agosto
As mais lidas

Segundo a Proteção Civil municipal, para garantir a segurança e espaço para os trabalhos que serão realizados "foi alargado o perímetro de segurança".

O empreiteiro de um condomínio em construção junto a um prédio cuja fachada lateral ruiu no sábado em Campo de Ourique, Lisboa, assumiu a responsabilidade e vai reparar a estrutura, disseram hoje responsáveis municipais e da freguesia.

Segundo a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil, Margarida Castro Martins, esta conclusão saiu de uma reunião entre o empreiteiro da obra em curso, o proprietário do edifício danificado e os serviços municipais competentes pela fiscalização de obras licenciadas e de edifícios privados, além da Proteção Civil municipal e do Regimento Sapadores Bombeiros, que hoje realizaram uma vistoria ao local.

"O empreiteiro vai assumir os custos e responsabilidade na contenção e reconstrução da empena lateral e garantir assim a segurança dos residentes e do seu túnel de acesso original", afirmou a responsável.

Segundo a Proteção Civil municipal, para garantir a segurança e espaço para os trabalhos que serão realizados "foi alargado o perímetro de segurança, suprimindo o estacionamento e condicionando o arruamento à passagem de viaturas ligeiras na atual zona de estacionamento oposta aos edifícios", entre os números 81 a 91 da Rua de Campo de Ourique.

Outra questão é a das 15 frações onde vivem 35 pessoas e que se localizam numa vila nas traseiras do prédio cuja fachada lateral ruiu, o número 85, através do qual é feito o acesso à via pública.

Após a queda da estrutura, estes moradores estão a aceder às suas frações através da casa de uma vizinha do primeiro andar do prédio, que tem uma saída para o pátio da vila, o que "apesar da simpatia e solidariedade da vizinha, não poderá manter-se por muito tempo", disse o presidente da junta de Campo de Ourique, Hugo Vieira da Silva.

Enquanto os trabalhos decorrerem, e como solução provisória, o acesso destes moradores passa a ser feito através de uma loja no rés-do-chão, onde "uma janela para a traseira, que já existe, vai ser transformada em porta para permitir a passagem", explicou o autarca.

"Espero também que estejam a ser acautelados os impactos no pátio atrás, em que vários moradores já se queixavam, inclusive, que já tinha havido impactos anteriores associados à obra", sublinhou.

A proteção civil considerou que a criação deste acesso deverá demorar dois dias, pelo que, até lá, o acesso continuará a ser feito pela casa da vizinha.

A parede lateral de um prédio de dois andares na Rua de Campo de Ourique, em Lisboa, caiu ao início da tarde de sábado, deixando os únicos dois moradores desalojados.

Segundo a proteção civil, o casal desalojado "vai encontrar uma solução habitacional provisória".

Além dos moradores do prédio, foram afetados indiretamente 35 pessoas, moradoras numa vila nas traseiras do número 85, através do qual é feito o acesso à via pública.

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que estava a passar na rua no momento da derrocada, afirmou que as responsabilidades seriam apuradas e apontou o possível impacto de obras num terreno adjacente.

Os destroços atingiram uma viatura, mas não houve registo de feridos.

Miguel Linhares/CMTV
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Cyber Crónicas

É urgente reconhecer a polícia

O descontentamento que se vive dentro da Polícia de Segurança Pública resulta de décadas de acumulação de fragilidades estruturais: salários de entrada pouco acima do mínimo nacional, suplementos que não refletem o risco real da função, instalações degradadas e falta de meios operacionais.