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Os curiosos protagonistas do activismo verde

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 14 de julho de 2018 às 08:00

Há “associações” que não passam de páginas de Facebook, ligações ao BE, grupos dentro de grupos, como matrioscas, e até uma comunidade pelo sexo livre, todos juntos nos protestos contra o furo de Aljezur. E há movimentos com outra estrutura que admitem que isto põe um problema de credibilidade aos ambientalistas

O primeiro nome a surgir em vários protestos pelo fim do furo de Aljezur é o ALA, Alentejo Litoral pelo Ambiente. É um dos promotores da manifestação de 14 de Abril, em Lisboa, "Enterrar de vez o furo, tirar as petrolíferas do mar", e primeiro signatário da carta aberta a pedir a demissão do ministro do Ambiente. Ora, o que é o ALA? Não tem site, apenas uma página de Facebook gerida por Fátima Teixeira, que, na sua própria página de Facebook indica gerir ainda outra página, a Plataforma Transgénicos Fora, e trabalhar no Tamera – a comunidade alternativa do Sudoeste Alentejano, que, no seu site, no segmento "Investigação", a par da Terra Deva ("ecologia espiritual"), exibe também referências à "sexualidade como poder sagrado", "sexualidade e parcerias livres", e conceitos mais difíceis de traduzir a leigos ("Ashram Político", "Círculo das Pedras", "Marisis"). Fátima Teixeira esteve a 21 de Abril a representar o ALA no debate Ainda é possível Parar o Petróleo?, em Vila Nova de Milfontes. E o Tamera, por sua vez, também foi um dos movimentos promotores da manifestação de dia 14.

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