O ex-reitor da Universidade de Lisboa questionou que país é este sem ideia e rumo e sem vontade logo no início da apresentação da sua candidatura no Teatro da Trindade
O candidato presidencial Sampaio da Nóvoa fez hoje críticas duras à actual situação de Portugal, questionando que política é esta sem uma única ideia de futuro e que país é este sem vontade e rumo.
Palavras proferidas pelo ex-reitor da Universidade de Lisboa logo no início do discurso de apresentação da sua candidatura presidencial no Teatro da Trindade.
Numa crítica à linha de austeridade seguida nos últimos anos, Sampaio da Nóvoa questionou: "Que política é esta, sem uma única ideia de futuro para Portugal, que país é este que parece sem vontade, sem pensamento e sem rumo".
Sampaio da Nóvoa lamentou depois que, após os anos de crise, se anuncie "mais crise, uma crise crónica que priva os cidadãos do futuro, que os faz desconfiar das instituições e da capacidade do Estado democrático para defender o bem público e o interesse colectivo".
"Não podemos perder o país que conseguimos levantar nas últimas décadas, não podemos deixar que a crise se normalize, se eternize, e que deite por terra 41 anos de democracia, destruindo um a um os ideais de Abril", acrescentou.
"É em nome desse outro projecto, desse outro destino que venho aqui, hoje, declarar-vos solenemente, e declarar a todo o país que sou candidato a Presidente da República portuguesa", declarou.
O ex-reitor da Universidade de Lisboa advertiu que não se candidata nas presidenciais para deixar tudo na mesma, prometendo que, se for eleito, não assistirá "impávido" à degradação da vida pública.
"Não venho para deixar tudo na mesma. Venho para juntar os portugueses em torno de um projeto de mudança, para restaurar a confiança na nossa democracia e no nosso futuro, com esperança, com determinação, com a coragem que os portugueses sempre revelaram nos momentos mais difíceis da sua História", disse.
Depois de assegurar sentido de responsabilidade e isenção se for eleito chefe de Estado, Nóvoa deixou um aviso muito concreto: "Não serei um espectador impávido da degradação da nossa vida pública".
"O Presidente da República tem de restaurar a confiança dos portugueses no Estado de Direito, nas instituições, na autoridade moral e na credibilidade de quem desempenha um cargo público. Tudo farei para reforçar a democracia, para estimular governos e oposições a cumprirem as suas funções com sentido reformista e de Estado, para consolidar a cooperação institucional, para promover uma maior participação dos cidadãos na vida pública", acrescentou.
"Não serei um espectador impávido da degradação da nossa vida pública"
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