Sessão terminou com os hinos dos dois países
Depois dos discursos de Zelensky e Santos Silva (ambos com sensivelmente 15 minutos) a sessão terminou com o hino ucraniano e português tocado pela banda da GNR.
Presidente ucraniano fala esta quinta-feira aos deputados portugueses. PCP não vai assistir à cerimónia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, fala esta quinta-feira no Parlamento português, por videochamada. Ausentes da sessão estão os deputados do PCP, que anunciaram esta posição ontem, depois de terem votado contra esta comunicação de Zelensky.
Depois dos discursos de Zelensky e Santos Silva (ambos com sensivelmente 15 minutos) a sessão terminou com o hino ucraniano e português tocado pela banda da GNR.
"Para ganhar a paz, precisamos de fazer frente à agressão e forçar o agressor a parar a agressão, envolvendo-se num processo negocial sério conducente à paz", afirmou Santos Silva.
Dirigindo-se a Zelensky, concluiu o discurso: "A luta do sue país pela liberdade é a luta da Europa toda pela Europa. E, a essa luta pela liberdade, o Portugal democrático nunca faltou, não falta e não faltará".
Santos Silva defendeu que Portugal apoia a integração da Ucrânia na União Europeia. Uma resposta às críticas de Zelensky que no discurso ao Parlamento Europeu disse que Portugal ainda não estava completamente a bordo no apoio à adesão ucraniana.
Santos Silva refere que Portugal continua a defender "sanções duras" contra a Rússia. E que desde a primeira hora esteve ao lado das sanções à Rússia e pelo envio de armamento à Ucrânia.
E lembra as vítimas. "Choramos os mortos, civis e militares, que têm sucumbido à barbárie", referiu enviando as condolências a Zelensky.
O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, lembrou que Portugal desde o início esteve do lado da Ucrânia. "Portugal condenou, desde o primeiro momento, com firme determinação, a agressão militar da Federação Russa contra a Ucrânia. Menos de três de três horas após o seu início, na noite de 23 para 24 de fevereiro, o Governo português reprovou-a publicamente.
Para o presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, Portugal expressou "solidariedade e apoio" "sem qualquer hesitação": "Para Portugal, o agressor é a Federação Russa e o agredido é a Ucrânia."
Augusto Santos Silva lembra que esta agressão russa põe em causa a segurança da Europa.
Os deputados levantaram-se para aplaudir o discurso de 15 minutos de Zelensky.
"Agradeço a todos os portugueses e ao vosso Governo toda a ajuda ao povo ucraniano. Pelas sanções e pelo apoio à Ucrânia. Agradeço a ajuda humanitária."
Mas Zelensky pede mais, mais apoio nas sanções, nomeadamente ao sistema bancário.
"Agradeço a vossa ajuda para defender a liberdade e para lutar junto dos países de língua portuguesa, nomeadamente em África, para que lutem contra a propaganda russa", apelou.
Depois de descrever os horrores da ocupação russa, Zelensky pede apoio militar a Portugal. "Pedimos tudo o que nos possam dar. Armamento aéreo, anti-míssil."
"Agradecemos as sanções e o armamento que nos possam mandar." Zelensky volta a defender que é a liberdade da Europa que está em causa. "Não lutamos só pela Ucrânia contra esta ditadura."
Volodymyr Zelensky está a centrar a sua intervenção no que descreve como os horrores da ocupação das tropas russas. A Rússia ocupou a Ucrânia a 24 de fevereiro.
"Imaginem que Portugal todo, fosse obrigado a sair do País. O nosso povo não é refugiado, foi obrigado a sair."
Zelensky faz comparações com o território português e dá conta da reconquista de parte do território ucraniano.
No arranque da sua intervenção Zelensky começou por referir a descoberta de mais corpos de civis por parte dos russos. "Os ocupantes mataram as pessoas para a sua diversão."
"Mataram as pessoas em fontes, nas ruas." Sublinhou adiantando que 1.100 ucranianos foram mortos e mais de 200 são crianças, aponto o líder da Ucrânia.
Os mortos civis variam entre bebés de três meses e uma pessoa de 93 anos. "Imaginem", aponta Zelensky.
Fez-se um compasso de espera no Parlamento para que Zelensky começasse mesmo às 17h a falar.
O primeiro-ministro e o Presidente da República já estão no Parlamento para ouvir o presidente ucraniano.