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Ucrânia: PCP acusa EUA, NATO e EU de fazerem propaganda belicista

Vanda Marques 22 de fevereiro de 2022 às 16:18

O Partido Comunista Português expressa preocupação com a situação no leste europeu, mas acusa o regime ucraniano de nunca ter cumprido os acordos de Minsk e ter impedido "uma solução política para o conflito no Donbass."

Para o PCP a situação que se vive hoje na Ucrânia, com a crescente tensão com a Rússia, é indissociável da posição dos EUA, NATO e UE durante o "golpe de Estado de 2014". Em comunicado, defendem que: "a actual situação e seus desenvolvimentos recentes são inseparáveis de décadas de política de tensão e crescente confrontação dos EUA e da NATO contra a Federação Russa, nos planos militar, económico e político."

TIAGO PETINGA/LUSA

Em comunicado divulgado à imprensa, o Partido Comunista Português manifesta preocupação perante os acontecimentos recentes e defende que é necessário um "diálogo com vista a uma solução pacífica para o conflito, assim como à promoção da paz e da segurança na Europa."

Por outro lado, acusam o regime ucraniano de não cumprir os acordos de Minsk. "Quando alguns demonstram agora a sua preocupação com os acordos de Minsk, assinados há sete anos, é importante ter presente que o regime ucraniano não só nunca os cumpriu, inclusivé de forma assumida, como impediu a concretização de uma solução política para o conflito no Donbass, sendo responsável por constantes violações do cessar-fogo, por sucessivas provocações e por uma massiva concentração de forças militares junto à linha de demarcação – acção que se incrementou significativamente nas últimas semanas –, ameaçando lançar uma acção militar em larga escala nessa região."

O PCP diz que é por esse motivo que "a decisão agora assumida pela Federação Russa não pode ser olhada à margem desta conjuntura e dos seus desenvolvimentos." No comunicado, o partido fez questão de acusar os EUA, a NATO e a UE de "perigosa estratégia de tensão e propaganda belicista."

E vai mais longe ao dizer que depois do "golpe de Estado de 2014" a região ficou sob "um regime xenófobo e belicista, cuja violenta acção é responsável pelo agravamento de fracturas e divisões, pela discriminação e negação de direitos fundamentais e de cidadania da população, e pela deflagração da guerra naquele País."

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