Rui Rio entre os deputados do PSD que recusam ser vacinados
Entre os 12 deputados do PSD que assim não vão ser vacinados com prioridade na lista do Parlamento está o líder do partido, Rui Rio.
Na lista que o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, enviou ao primeiro-ministro com os nomes dos deputados que deviam integrar já o plano de vacinação, há 12 dos PSD que já avisaram que não pretendem ser vacinados.
Os nomes foram divulgados pelo próprio PSD, que numa nota à imprensa revela "a relação nominativa dos deputados do Grupo Parlamentar do PSD que entendem que, com este enquadramento, não devem ser vacinados e que figuram na lista de Sua Excelência o Presidente da Assembleia da República para o Primeiro-Ministro".
Entre os 12 deputados do PSD que assim não vão ser vacinados com prioridade na lista do Parlamento está o líder do partido:
Rui Rio;
Adão Silva;
Luís Marques Guedes;
Firmino Marques;
Pedro Roque;
Paulo Rios de Oliveira;
José Silvano;
Helga Correia;
Afonso Oliveira;
André Coelho Lima;
Clara Marques Mendes;
Isaura Morais.
Desta forma, dos 50 deputados indicados por Ferro Rodrigues ao primeiro-ministro, no máximo serão vacinados 38. Segundo a RTP, a lista continha 19 deputados do maior partido da oposição e 26 do PS.
Rui Rio defendeu que o Governo deveria ter incluído os políticos na lista prioritária da vacinação, mas depois criticou o "exagero" da lista prevista, que prevê a inclusão de cerca de mil pessoas.
Na quarta-feira, o presidente do PSD pediu "equilíbrio" e "bom senso" na definição dos políticos que serão vacinados de forma prioritária, e disse que aceitará a vacina se existir um "consenso", apesar de não se considerar um caso "nevrálgico".
"A minha posição é fácil, para quem me conhece e está atento: eu discordo completamente da demagogia de não vacinar político nenhum", afirmou, no final de uma audiência com o Presidente sobre o estado de emergência, questionando qual é a vantagem para o país de ter vários ministros do Governo infetados.
Sobre o seu caso pessoal - o presidente do maior partido da oposição ocupa uma posição de destaque na lista do protocolo de Estado e deverá ser incluído no plano prioritário -, Rio disse não se considerar "um caso nevrálgico", mas se tal for decidido por "consenso" não dirá que cede a sua vacina "só para fazer um brilharete".
Fonte parlamentar disse ontem à agência Lusa que entre os 50 deputados, num total de 230, estão o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, deputados do PS, PSD, PCP, PEV e uma das duas deputadas não inscritas.
Neste grupo de 50 deputados, de acordo com a mesma fonte, está pelo menos um dos quatro vice-presidentes da Assembleia da República António Filipe (PCP), não constando entre eles José Manuel Pureza (Bloco de Esquerda), que prescindiu de ser vacinado nesta fase.
O PCP indicou ao presidente da Assembleia da República dois dos seus 10 deputados para a vacinação contra a covid-19, António Filipe e Ana Mesquita, pelos cargos essenciais que ocupam no funcionamento do parlamento.
Os titulares de órgãos de soberania, deputados da Assembleia da República, membros dos órgãos das regiões autónomas e presidentes de câmara, enquanto responsáveis da proteção civil, vão começar a ser vacinados na próxima semana.
No início desta semana, o primeiro-ministro enviou "cartas aos órgãos de soberania para que estabeleçam as prioridades para inoculação em cada um dos serviços".
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